Dia Nacional da Luta Antimanicomial

IFTM reforça sua preocupação e compromisso com a saúde mental de sua comunidade escolar

Hoje, 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, reflexões e discussões acerca da importância da saúde mental da população são trazidas à tona. No IFTM, servidores e estudantes com problemas mentais contam com acolhimento e atendimento por setores específicos para tal. Diante de quadros considerados mais graves e delicados, a instituição recomenda atendimento clínico à parte
Publicado em 18/05/2023 10:00 Atualizado em 26/05/2023 10:43
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Foto colorida de uma manifestação da Luta Antimanicomial com uma faixa branca onde se lê, na cor vermelha, Luta Antimanicomial e, na cor preta,
Foto colorida de uma manifestação da Luta Antimanicomial com uma faixa branca onde se lê, na cor vermelha, Luta Antimanicomial e, na cor preta, "Por uma sociedade sem manicômios”. Há também um cartaz em cartolina rosa onde se lê: "O tratamento no Caps é nota 10”. Há outras imagens incompletas/cortadas de pessoas, árvores, prédios, etc.
Crédito: https://www.esquerdadiario.com.br/18-de-maio-na-pandemia-nossa-luta-contra-os-manicomios-e-a-exploracao-deve-ser-ainda-maior

A Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental no combate à ideia de que essas pessoas devem ser isoladas do convívio social para realização de tratamentos em manicômios, baseada em preconceitos que cercam as discussões sobre problemas mentais. A Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento, sem que para isto, tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos (ãs).

Por que o dia 18 de maio é considerado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial?

Em 18 de Maio em 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia de Luta Antimanicomial.

Lei 10.216/2001: Proteção e direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionamento do modelo assistencial em saúde mental

O projeto de reforma psiquiátrica foi apresentado em 1989 pelo então deputado Paulo Delgado (MG). Após 12 anos, o texto foi aprovado e sancionado como Lei nº 10.216/2001, ficando conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, Lei Antimanicomial e Lei Paulo Delgado.

A Reforma teve como marco o fechamento gradual de manicômios e hospícios do país. A lei que promoveu a reforma tem como diretriz principal a internação do paciente somente se o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.

Em substituição aos hospitais psiquiátricos, o Ministério da Saúde determinou, em 2002, a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) em todo o país. Os CAPs são espaços para o acolhimento de pacientes com transtornos mentais, em tratamento não-hospitalar. Sua função é prestar assistência psicológica e médica, visando a reintegração dos doentes à sociedade.

Acolhimento de estudantes e servidores do IFTM que apresentam sofrimento mental

No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), o acolhimento de estudantes com problemas mentais é realizado pelo Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), que conta com o apoio de psicólogos e outros profissionais para atendimento. O IFTM possui psicólogos em 4 dos seus 9 campi: Ituiutaba, Paracatu, Uberaba e Uberlândia. Em 2020, foi realizada parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para atendimento terapêutico online da comunidade do IFTM pelo Projeto Proteger-se.

No caso de servidores, o acolhimento é realizado pelo Serviço de Apoio à Saúde do Servidor (Sass) da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP).

Em ambas instâncias, para os quadros considerados mais graves, os profissionais do IFTM recomendam o atendimento clínico fora da instituição.

O combate ao preconceito e estereótipos ligados à pessoa com transtornos mentais

A superação do preconceito relacionado a transtornos mentais se dará através da informação e maior conscientização da população sobre o assunto, desfazendo-se estereótipos muito “comuns”. Faz-se necessário ampliar os espaços de debate e minimizar atitudes discriminatórias que estigmatizam as pessoas em sofrimento mental, contribuindo para uma maior humanização do espaço escolar e, consequentemente, da sociedade.

*Texto de autoria de Patrícia Campos, servidora da pró-reitoria de Ensino do IFTM, com adaptação de: 

https://bvsms.saude.gov.br/18-5-dia-nacional-da-luta-antimanicomial-2/

https://www.politize.com.br/luta-antimanicomial-o-quee/#:~:text=Em%2018%20de%20Maio%20em,o%20dia%20de%20Luta%20Antimanicomial 

https://bvsms.saude.gov.br/20-anos-da-reforma-psiquiatrica-no-brasil-18-5-dia-nacional-da-luta-antimanicomial/#:~:text=Em%201979%2C%20foi%20criado%20o,%C3%A0%20luta%20pela%20nova%20psiquiatria

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