Olimpíada Internacional de Informática

Estudante do Campus Uberlândia Centro conquistou medalha em Olimpíada Internacional de Informática

Carlos Cabral é o único mineiro a conquistar medalha em duas edições consecutivas da competição iberoamericana
Publicado em 29/07/2024 13:42 Atualizado em 01/08/2024 18:19
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Vaga na competição foi conquistada após bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Informática
Vaga na competição foi conquistada após bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Informática
Crédito: IF em Rede

Alguns estudantes do Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), são verdadeiros craques em competições do conhecimento, com prêmios em múltiplas olimpíadas. E um dos grandes colecionadores de medalhas da unidade é Carlos Cabral de Menezes Filho, do 3º ano do curso técnico de Programação de Jogos Digitais Integrado ao Ensino Médio. Com participações e prêmios em competições de Matemática, Física e Informática, entre outras, Carlos conquistou um feito internacional em julho. Ele ganhou sua segunda medalha consecutiva na Olimpíada Iberoamericana de Informática (OII). Com seu segundo bronze, Carlos é o único mineiro a figurar na lista de medalhistas deste ano e também o único do estado a contar com duas medalhas na competição.

A OII é uma competição internacional aberta a estudantes de todos os países membros da Organização dos Estados Iberoamericanos para Educação Ciência e Cultura, tais como Brasil, Argentina, Portugal, Espanha, México, Cuba, Costa Rica, entre outros. A vaga para participar é garantida a partir da participação na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI), na qual Carlos também foi medalhista. A prova da OII foi aplicada no dia 22 de junho, na modalidade online, teve cinco horas de duração e contou com quatro questões, sendo que cada uma delas têm subquestões e valem 100 pontos cada uma. Dessa forma, é possível que um candidato acerte parcialmente cada uma das questões e as temáticas abordadas são comuns no ramo de programação competitiva. A prova da OII contou com os 149 finalistas de 14 países Ibero-americanos, dentre os mais de 10 mil competidores que haviam iniciado a competição nas etapas anteriores.

Participante frequente de competições do conhecimento, Carlos afirma ter mais facilidade para os torneios das áreas de exatas. Segundo ele, sua preparação para Olimpíadas já foi mais intensa, mas semanalmente ele ainda reserva tempo exclusivo para treinar suas habilidades. “Geralmente eu costumo estudar algumas coisinhas, mas nada regular no meio da semana. Aos sábados eu sempre faço algum simulado de cinco horas, mas já cheguei a estudar de forma mais frequente ao longo da semana”, afirma o medalhista.

A vaga de Carlos na OII foi conquistada depois de um longo caminho de provas. Na Olimpíada Brasileira de Informática de 2023, ele conquistou uma medalha de prata depois de passar pelas fases municipal, estadual e nacional. Com isso, foi convidado para a Semana Olímpica da OBI, no Instituto de Computação da Unicamp, competição que acontece sempre no fim do ano e serve como seletiva para torneios internacionais. Os 10 melhores programadores do país, até o terceiro ano do ensino médio, são selecionados anualmente, na Semana Olímpica, para representar o Brasil na OII. Os alunos classificados para a OII são convidados para uma semana intensa de estudos avançados em programação, com conteúdos no período da manhã e prática no período da tarde.

Olimpíadas no currículo

Se a preferência é pela área de exatas, Carlos não se furta em se aventurar também por outras áreas. Além da OBI e OII, Carlos também já conquistou prêmios na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Canguru, Olimpíada Brasileira de Educação Financeira (Obef), Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), além de ter avançado para fases finais na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONBH). Embora não faça sempre uma preparação específica para cada uma das competições, Carlos destaca que a participação ajuda na sua formação como estudante e pode render bons frutos ao fim do Ensino Médio.

“Acho muito importante participar de olimpíadas, porque você entra em contato com muita coisa que nunca viu e aprende muito. Dá para aprender muito com as questões, e usar uma prova na outra e vice-versa, ou até mesmo usar em próximas edições. Eu acho muito importante, pois dá para ter uma base e é bom também para se preparar para futuramente fazer vestibular, porque é um conhecimento que vai ficar lá. Eu acho que se você fizer olimpíadas de vários de várias áreas, você vai ter uma base boa. Se não for só para essa questão de vestibular é algo que fica para a vida. Eu mesmo, por exemplo, sou da área de programação de jogos, mas já conquistei uma medalha na área de educação financeira, que é uma matéria de outro curso técnico do Campus. A participação, portanto, é muito importante para ter uma base geral e também para a formação”, avalia.

Carlos Cabral ainda aconselha aos novatos do Campus que fiquem de olho nas competições, pois além de fornecer essa base, elas também podem abrir portas no futuro. “Eu recomendo muito que eles participem. Muitas portas se abrem para quem recebe premiações em olimpíadas, como vagas específicas em universidades como a USP, Unicamp, entre outras. Eu cheguei a ser procurado por uma Faculdade dos Estados Unidos e ter essas premiações no currículo ajuda inclusive nas aplicações para universidades estrangeiras”, explica. “Outro ponto positivo é a possibilidade de viajar. Eu já fui para Fortaleza, Araxá, Campinas, Montes Claros, Ouro Branco, Timóteo e por aí vai. Viagem é uma coisa legal, pois você entra em contato com outras pessoas e aprende muito. São só pontos positivos para quem faz esse tipo  de competição”, complementa.

 

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