Formação para inclusão

Capacitação ofertada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), sediada no IFTM, foi muito importante para profissionais da área

Compartilhamento e troca de experiências, vivências e desafios marcou o encontro que aconteceu entre os dias 8 e 10 de outubro
Publicado em 16/10/2024 11:40 Atualizado em 17/10/2024 14:54
Compartilhe:
Compartilhe:
Fotografia colorida da turma que participou da capacitação do INES
Fotografia colorida da turma que participou da capacitação do INES
Crédito: Diretoria de Comunicação Social e Eventos do IFTM (DCSE/IFTM)

O Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) sediou, nos dias 08, 09 e 10 de outubro, a capacitação ofertada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) que é reconhecido como centro de referência nacional na área da surdez, exercendo os papéis de subsidiar a formulação de políticas públicas e de apoiar a sua implementação e que, por meio do seu Programa de Assessoria Técnica, oferta cursos de capacitação em temáticas relacionadas à educação de surdos. 

Para participar de um curso de capacitação do INES é necessário passar por um processo de seleção, onde órgãos federais, estaduais e/ou municipais fazem sua inscrição em um edital. Em 2024 foram ofertadas 5 vagas de Assessorias Técnicas, sendo contempladas uma inscrição por região do país. Assim, a capacitação ministrada em Uberaba foi a única da Região Sudeste a ser realizada neste ano.

Os cursos são montados de acordo com a escolha de 2 temas, que devem ser selecionados pela instituição no ato de sua inscrição. “Aqui em Uberaba foram discutidos dois temas: Letramento nas diferentes áreas do Conhecimento – Linguagens e Função do Tradutor e Intérprete de LIBRAS na sala de aula, com carga horária total de 24h. O curso foi dividido em três dias, um para o letramento e dois para tradução e interpretação, que foi onde pediram uma atenção maior”, explica Adriana Lopes do Espírito Santo, tradutora e intérprete de Libras do INES e uma das ministrantes do curso. 

Adriana ainda explica a metodologia utilizada no curso: “tem uma parte teórica, uma parte de discussão e uma parte prática. Geralmente na parte da manhã ministramos a parte teórica e já iniciamos as discussões e ouvimos as demandas do grupo. Na parte da tarde, a gente dá uma continuidade nessa discussão e vai para uma parte prática, discutindo com o grupo alguns estudos de casos, apresentando conflitos que acontecem na interpretação e mostramos algumas possíveis resoluções para isso”.

Jaqueline Luna de Oliveira da Rocha, tradutora e intérprete de Libras do INES, outra ministrante do curso, revela que a parte mais importante do curso é a discussão. “Essas trocas que a assessoria técnica possibilita são importantíssimas para o desenvolvimento na questão educacional da pessoa surda. São assessorias que enriquecem muito, que engrandecem muito os estados, os municípios e até o próprio Instituto Nacional de Educação de Surdos. Com realidades tão diferentes que existem no Brasil a gente sempre aprende a partir da vivência do outro. Então a gente sempre vem com aquela expectativa, sabendo que, muitas vezes, a gente aprende mais do que ensina”.

Para Amaro Júnior, tradutor e intérprete de Libras no CAS/Uberaba (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez) e na Escola Quintiliano Jardim, que participa da capacitação, o curso é muito enriquecedor. “Na nossa área profissional, nós temos poucos profissionais que atuam na interpretação, então, quando a gente se reúne para falar sobre as nossas estratégias interpretativas, o nosso cotidiano e os nossos desafios dentro da comunidade surda, dentro da educação, nas escolas, nos institutos, em todas as áreas que possibilitam a nossa atuação, a gente vê que tem desafios que são iguais em todos os espaços. E elas – Adriana e Jaqueline - trazem fórmulas para a gente tentar uma forma melhor para conseguir atender a comunidade surda e sanar as dificuldades”.

Quem também ficou satisfeita com a capacitação foi Eleni de Oliveira Ramos, tradutora e intérprete de Libras do IFTM Campus Uberaba. “Estou adorando o evento. Momentos de aprendizado, compartilhamentos de trocas e experiências, vendo que as nossas problemáticas também são problemáticas que existem dentro do INES e que os nossos avanços também são os avanços dele”. Eleni disse, ainda, que compartilhar as vivências e ver que são semelhantes aos dos colegas de outras instituições é prazeroso. “Os nossos medos, as nossas preocupações, o zelo pelo nosso profissionalismo também faz parte do outro. Então quando temos esses momentos, essas interações, a gente pode compartilhar e ver que estamos todos exercendo da melhor forma possível as nossas funções e que estamos lutando para cada dia promover um trabalho de qualidade e acessibilidade aos estudantes surdos”.

 

Compartilhe:

Notícias relacionadas