Em dia chuva, AnimaIF contou com bom público e premiou criatividade em cosplay e produções digitais

Na última sexta-feira (14), o Campus Uberlândia Centro do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) foi invadido por super-heróis, vilões, seres mitológicos e personagens de animes, mangás e filmes. Desta vez, para celebrar mais uma edição do AnimaIF - Festival de Animação, Arte, Cultura e Lazer, um evento organizado por estudantes do curso técnico de Programação de Jogos Digitais que oferece uma plataforma para artistas amadores e emergentes na região do Triângulo Mineiro. Uma de suas atrações mais chamativas é justamente um desfile de Cosplay, no qual os participantes incorporam seus personagens favoritos.

O evento começou a partir das 13h e seguiu durante toda a tarde. No cardápio de atividades figuraram jogos de tabuleiro, mostra de jogos 2D, mostra de animação e curtas-metragens, karaokê, Just Dance e o famoso desfile de cosplay. A premiação contemplou três atividades do evento: Concurso de Cosplay, Mostra de Jogos e Mostra de Animações.

Com vários estudantes andando pelos corredores do Campus, o AnimaIF também recebeu representantes da comunidade externa. Uma delas, inclusive, levou para casa o prêmio de melhor cosplay do evento, ao incorporar a personagem Marcille, da série Dungeon Meshi. Natural de Uberlândia, Ana Paula Nogueira de Jesus marcou presença no AnimaIF justo para participar do concurso de Cosplay, atividade à qual se dedica com freqüência.

“Fiquei sabendo do concurso de Cosplay pelo Instagram. Demorei cerca de duas horas para fazer o Cosplay. Ela (Marcille) é uma elfa do anime Dungeon Meshi, que é bem alegre”, conta. “Eu gostei bastante do evento e fiquei bem surpresa, não achei que eu ia levar. Mostrou que o esforço valeu a pena e que a chuva que eu tomei no caminho também valeu. Fiquei 40 minutos presa esperando a chuva passar, só pra não estragar o traje”, brinca a jovem, que garante participação novamente na próxima edição. Em 2º lugar na categoria Cosplay ficou o personagem Ciel Phantomhive, da série Kuroshitsuji e em 3º a personagem Feiticeira Escarlate, dos X-Men.

Os participantes do concurso de Cosplay desceram as escadas que dão para o pátio e desfilaram diante do público na área de convivência. A banca de avaliadores contou com quatro convidados e os resultados foram anunciados no auditório do Campus, no fim da tarde. Na ocasião, também anunciaram os vencedores da categoria “Cospobre” — para aqueles participantes que fizeram suas fantasias de modo mais artesanal —, além dos vencedores da mostra de jogos 2D e do concurso de animações. Para Arthur Buciolli, um dos professores organizadores da atividade, ao lado dos alunos, o evento teve seus desafios, mas terminou com saldo positivo.

“O AnimaIF deste ano foi um grande desafio, porque a gente fez em pouco tempo. Tivemos uma chuva forte no dia do evento, mas a presença foi muito legal, os participantes se superaram e a gente acha que foi muito positivo o resultado. A tendência é que o evento continue a crescer cada vez mais aqui, pois os meninos que organizaram este ano estão já muito empolgados para o  próximo. Eles falaram que vai ser o maior AnimaIF de todos”, afirmou.

A categoria de jogos 3D não contou com representantes nesta edição do AnimaIF, mas nos jogos 2D quem levou foi um grupo do 1º ano do curso de Desenvolvimento de Sistemas. O grupo do estudante Yuri Araújo Silveira, do 1º ano de PJD, participou da Mostra com um jogo inspirado no conto “Olhos d’Água”, da escritora Conceição Evaristo. Criado para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) deste ano no Campus, o jogo traz para a tela do computador um pouco do conto. A personagem principal precisa passar por obstáculos até encontrar a mãe ao final e essas barreiras representam o medo da protagonista de se esquecer dos olhos da mãe, como na obra.

“Você joga com uma menina que é tipo uma representação da Conceição, passando, nessa viagem meio física, meio metafórica dela de volta para a favela, procurando o barraco da mãe dela para descobrir a cor dos olhos dela. Foi uma surpresa (ganhar), fica o sentimento que nosso jogo conseguiu ser apreciado para além da daquela atividade de português”, afirmou.