Rumo à Inglaterra

Estudante do Campus Uberlândia Centro é selecionado para intercâmbio na Inglaterra com bolsa integral

Gabriel Rodrigues da Silva está entre os dois únicos estudantes de todo o IFTM contemplados com bolsa no Projeto Eurotunnel
Publicado em 24/04/2025 12:20 Atualizado em 24/04/2025 12:47
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Gabriel contou como se preparou para a inscrição no intercâmbio e falou sobre sua expectativa para a viagem
Gabriel contou como se preparou para a inscrição no intercâmbio e falou sobre sua expectativa para a viagem
Crédito: Divulgação

O Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), comemora mais uma conquista no cenário da internacionalização. O estudante do Campus Gabriel Rodrigues da Silva, do curso técnico de Programação de Jogos Digitais Integrado ao Ensino Médio, foi um dos dois únicos selecionados, entre todos os campi do IFTM, a conquistar uma bolsa integral no Projeto Eurotunnel – Edição 2025. O programa oferece uma vivência acadêmica e cultural de duas semanas na Europa, com previsão de embarque para maio deste ano. O destino de Gabriel será a cidade de Cambridge, na Inglaterra.

O resultado foi divulgado no último dia 15, pela Coordenação-geral do Centro de Idiomas e Relações Internacionais do IFTM, responsável pela organização do processo seletivo. A seleção avaliou o desempenho acadêmico dos candidatos, participação em projetos institucionais e a condição socioeconômica dos inscritos.

No total, foram ofertadas quatro vagas, sendo duas com bolsa integral (no valor de R$ 33 mil) e duas sem bolsa. A regra do edital previa a seleção de apenas um bolsista por campus, e Gabriel garantiu a vaga destinada ao Campus Uberlândia Centro após interposição de recurso.

Intercâmbio com formação e cultura

Durante o período de imersão, os estudantes selecionados participarão de um curso intensivo de inglês e de uma programação de atividades culturais na cidade de destino. A proposta do projeto é fortalecer a formação acadêmica dos alunos por meio da vivência internacional, ampliando seu repertório cultural, seu domínio de línguas estrangeiras e sua inserção em redes de conhecimento globais.

Além de arcar com as despesas de passagens, seguro, hospedagem, curso e alimentação, a bolsa cobre os custos administrativos e logísticos da viagem, incluindo taxas aeroportuárias e aquisição de passaporte.

Segundo o edital, ao retornar ao Brasil, o estudante deve apresentar um relatório de atividades, participar de eventos institucionais para compartilhar a experiência com outros alunos e manter seu vínculo acadêmico com o IFTM.

Trajetória construída com planejamento

Gabriel cursa o técnico integrado em Programação de Jogos Digitais e já tinha o intercâmbio como meta antes mesmo de entrar no Instituto. “Desde quando eu fiquei sabendo que era possível entrar numa escola federal, que era possível fazer a prova e entrar pro IFTM, eu sou uma pessoa extremamente curiosa, eu corri atrás, fui saber mais o que era o IFTM. E nisso eu me esbarrei com esses projetos de pesquisa, extensão, monitoria e intercâmbio. Eu já sabia que existia essa possibilidade (de intercâmbio) e  tinha pra mim como sendo um objetivo”, conta.

A oportunidade, segundo ele, sempre foi tratada como objetivo claro. “Antes de eu fazer a prova do IFTM, eu tinha pra mim que eu teria duas opções: ou eu tentava fazer um high school no exterior, ou eu entrava pra fazer o IFTM. Mas se eu fosse para o IFTM, [...] eu queria fazer um intercâmbio pelo IFTM”, afirma.

Gabriel acredita que sua classificação foi resultado direto de uma postura ativa ao longo do curso. “Ao longo desses três anos, eu sempre fiz as coisas muito com isso em mente. Então eu pegava um projeto porque isso ia me dar alguma pontuação no edital, ou eu fazia tal coisa, entrava para uma certa comissão, porque isso me daria também pontuação nesse edital.”

E completa: “Algo que eu acho que fez muita diferença na minha classificação é a proatividade. Muitos dos eventos que eu participei como organização não foram convites abertos que chegaram até mim, não. Fui eu que corri mesmo atrás”, conta. “Se uma pessoa já tem, desde o começo, essa visão que ela quer fazer um intercâmbio pelo IFTM, e sabendo quais coisas pontuam, tendo proatividade, acredito que ela já sai disparado na frente de bastantes candidatos”, completa.

Vivência inédita, com impacto pessoal e acadêmico

Será a primeira vez que Gabriel viajará para fora do país — e a primeira vez em um avião. “Eu sou uma pessoa que mal saiu do estado. O máximo que eu já fui foi ali para Goiás ou algo do tipo, nunca conheci a praia, nunca conheci o litoral, que dirá viajar sozinho nesse nível.”

Para ele, a experiência será marcante em muitos sentidos. “Eu já me considero uma pessoa extremamente independente, extremamente autônoma, em vários quesitos. E tendo essa experiência a mais [...] acredito que vai ser uma ótima experiência não só do ponto de vista acadêmico. Ajuda a pessoa a ser mais autônoma.”

Gabriel também destaca o potencial de ampliação de repertório cultural e humano. “A gente está ali num contexto completamente diferente do contexto latino-americano. Compartilhar essas experiências, ver a realidade um do outro e ver que nós somos cidadãos globais, acredito que pode gerar amizades até pra vida inteira.”

Um incentivo direto a quem sonha com o mesmo caminho

Ao falar para outros estudantes que desejam viver experiências semelhantes, Gabriel é direto: “As oportunidades não vão cair de mão beijada. A maioria das vezes você vai ter que ser a pessoa que vai iniciar isso. Então, seja a sua própria catapulta.”

E deixa um recado final: “Aproveite ao máximo tudo aquilo que o IFTM te possibilita, que você não conseguiria fazer em qualquer outra escola. Eu realmente não vejo motivo de você ter feito uma prova, ter que ter passado por todo aquele estresse desse processo seletivo para chegar aqui e agir como se o IF fosse qualquer outra escola, porque não é. Você tem várias oportunidades e deve aproveitar cada uma delas — intercâmbio incluso.”

 

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