Troca cultural

Projeto do Campus Uberlândia Centro promove intercâmbio cultural com estudante da Bélgica

Com encontros semanais até o mês de junho, projeto compartilha curiosidades sobre o país
Publicado em 25/04/2025 08:22 Atualizado em 25/04/2025 08:23
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Encontros com intercambista do Rotary Clube da Bélgica acontecem nas tardes de sexta-feira no Campus
Encontros com intercambista do Rotary Clube da Bélgica acontecem nas tardes de sexta-feira no Campus
Crédito: Divulgação

O Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), está promovendo uma série de encontros culturais que têm aproximado realidades geograficamente distantes, mas cheias de conexões em comum. O projeto de ensino “Trocas Interculturais Brasil x Bélgica” propõe a interação entre os dois países a partir de rodas de conversa. A intercambista Marion Catherine Barbara Chabert, natural da Bélgica e integrante do programa de mobilidade do Rotary Club, se reúne com estudantes do Campus para compartilhar aspectos históricos, sociais, políticos e culturais do seu país de origem, enquanto vivencia, na prática, o cotidiano educacional brasileiro.

Coordenado pela professora Gyzely Lima, a atividade começou no dia 11 de abril e propõe encontros semanais, sempre às sextas-feiras, com reuniões marcadas das 13h30 às 15h30, na sala 112. A agenda de encontros está prevista para terminar no dia 13 de junho. Mais do que uma simples apresentação sobre a Bélgica, o projeto se firma como uma experiência de construção coletiva de conhecimento. “A ideia é que a Marion tenha uma vivência aqui no campus, não só de língua, mas para interagir com os outros estudantes no dia a dia”, explica a professora Gyzely.

Primeira roda de conversa: conexões inesperadas e geografia belga em destaque

A primeira reunião foi marcada por um clima acolhedor e cheio de interações. Logo no início da atividade, os estudantes foram convidados a se apresentar. Para surpresa de muitos, dois alunos presentes revelaram laços diretos com a Bélgica: Matheus, que nasceu no país europeu e vê no projeto uma oportunidade de se reconectar com suas raízes, e Dylan, que morou na Bélgica por 12 anos antes de retornar ao Brasil.

Em seguida, Marion conduziu sua apresentação com foco em aspectos geográficos da Bélgica. A exposição, realizada em português, teve caráter mais formal, permitindo que a intercambista praticasse o idioma ao mesmo tempo em que compartilhava informações relevantes sobre seu país. A divisão territorial em províncias e regiões, os idiomas oficiais, os dados populacionais e os elementos naturais foram abordados com clareza, despertando o interesse dos participantes.

Durante a apresentação, os estudantes levantaram questões, fazendo comentários e demonstrando curiosidade sobre temas como as catástrofes naturais mais comuns no país e os recursos naturais belgas, como florestas e minerais. Marion também chamou a atenção para o investimento do país em fontes de energia limpa, mesmo diante da ausência de reservas de petróleo e gás, o que gerou reflexões sobre sustentabilidade e inovação tecnológica.

A intercambista propôs comparações entre aspectos geográficos da Bélgica e do Brasil, promovendo conexões entre os dois contextos e ampliando as possibilidades de diálogo. O momento evidenciou o potencial formativo da troca intercultural e reforçou o envolvimento dos estudantes com a proposta do projeto.

Integração com leveza

Para encerrar a tarde de forma interativa, as estudantes Emily e Marion organizaram um quiz temático com perguntas sobre os conteúdos apresentados. A atividade gerou momentos de descontração e reforçou, de forma divertida, o aprendizado do dia. Os alunos demonstraram entusiasmo e curiosidade genuína ao longo de toda a atividade, o que reforça o sucesso da iniciativa logo em seu primeiro encontro.

Mais do que uma aula sobre outro país, o projeto proporciona uma via de mão dupla: enquanto Marion compartilha seus conhecimentos sobre a Bélgica, os estudantes brasileiros também apresentam suas vivências e perspectivas sobre o Brasil. Essa troca contribui para a desconstrução de estereótipos de ambos os lados e fortalece o respeito pela diversidade cultural.

A proposta é um exemplo de como a educação pode ser um instrumento poderoso de integração, formação cidadã e construção de vínculos entre realidades distintas. Ao final de cada tarde na sala 112, o que se leva não é apenas conhecimento, mas também empatia, escuta e uma nova forma de enxergar o mundo.

(Matéria desenvolvida pela estagiária Sofia Capanema, sob a supervisão do jornalista Guilherme Brasil)

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