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IFTM destaca inclusão de servidores e apresenta programa de ações afirmativas em encontro do SINASEFE

Em debate sobre diversidade, representante da instituição detalha programa pioneiro que estende ações de acesso e permanência a servidores
Publicado em 11/06/2025 14:45 Atualizado em 12/06/2025 16:02
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Fotografia colorida da fala de Rutiléia Maria de Lima Portes Vital na
Fotografia colorida da fala de Rutiléia Maria de Lima Portes Vital na "mesa 4: Direitos e Diversidade no Serviço Público: enfrentando opressões e construindo acessos" , do Encontro Regional do SINASEFE Centro-Oeste
Crédito: Arquivo CAID

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) teve participação de destaque no Encontro Regional do SINASEFE Centro-Oeste, realizado entre os dias 29 e 31 de maio de 2025, em Cuiabá. Representando a instituição, a servidora Rutiléia Maria de Lima Portes Vital, da Coordenação de Ações Inclusivas e de Diversidade (CAID) ligado à Pró-Reitoria de Ensino (Proen), foi uma das palestrantes da Mesa 4: Direitos e Diversidade no Serviço Público: enfrentando opressões e construindo acessos, levando a pauta da inclusão profissional de servidores para o centro do debate.

A mesa, que ocorreu na tarde de sexta-feira (30), debateu os desafios históricos e atuais para a construção de um serviço público verdadeiramente diverso e inclusivo. O debate abordou as lutas de pessoas com deficiência, negras, indígenas, quilombolas, LGBTQIA+ e outros grupos historicamente marginalizados.

Em sua fala, Rutiléia compartilhou sua vivência e os desafios enfrentados como servidora com deficiência, ressaltando que tais obstáculos não são exclusivos do seu local de trabalho, mas uma realidade para inúmeros servidores em toda a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. "A luta é pela construção de uma cultura da acessibilidade que se estenda a todos, estudantes e servidores", explicou.

O ponto alto de sua apresentação foi a exposição do inovador programa de ações afirmativas do IFTM. Rutiléia destacou que o programa é pioneiro ao prever, pela primeira vez na instituição, ações de acesso e permanência não apenas para estudantes, mas também para servidores com deficiência, pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas em suas diversas identidades.

"Estamos no ponto de partida para a implementação das ações destinadas aos servidores, mas acredito que logo teremos bons resultados a serem apresentados para toda a rede EPT", afirmou, otimista. Ela finalizou seu discurso expressando o desejo de que a iniciativa do IFTM sirva de inspiração para outras instituições federais.

A mesa foi mediada por Gleziane Viana, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e contou também com as contribuições de Luciana Iocca, da Universidade de Aveiro – Portugal, Evaldo Gonçalves Silva, do Instituto Federal de Goiás (IFG) e Helga Maria de Paula, da Universidade Federal de Jataí, que abordaram, respectivamente, a luta dos povos tradicionais, a descolonização a partir da perspectiva de gênero e negritude, e a importância de uma luta anticapitalista e feminista contra as opressões estruturais.

O debate foi enriquecido pela participação do público, que trouxe denúncias de perseguição a servidores PcD e críticas ao capacitismo presente em processos de perícia médica. A conclusão geral reforçou que não há justiça social sem inclusão real e que as pautas antirracista, feminista, anticapacitista e anti-LGBTfobia devem ser centrais nas estratégias da luta sindical.

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