Estudantes do IFTM Campus Uberlândia Centro participam da OBI 2025 com apoio de projetos de preparação e oficinas de programação competitiva
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O Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), aplicou na última semana a prova da 27ª edição da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI), organizada nacionalmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Ao todo, 60 estudantes dos cursos técnicos em Desenvolvimento de Sistemas, Programação de Jogos Digitais e do curso superior de Tecnologia em Sistemas para Internet participaram da competição, que exige raciocínio lógico, domínio de linguagens de programação e habilidades em resolução de problemas computacionais.
A participação foi coordenada pela professora Crícia Zilda Felício, com auxílio de outros professores. Crícia é responsável por estruturar, ao longo do primeiro semestre, diferentes estratégias de incentivo e preparação para a olimpíada. Entre as ações destacam-se o projeto de ensino Programar para Conquistar e a oferta de uma Unidade Curricular Politécnica (UCP) específica em programação competitiva.
“O projeto Programar para Conquistar é um projeto de ensino que eu comecei este ano, com a proposta de ensinar e praticar a programação competitiva no nosso campus”, explicou Crícia. Segundo ela, o projeto ofereceu, ao longo de seis semanas, um treinamento voltado especialmente para a OBI, com aulas introdutórias de programação, resolução de questões de provas anteriores e simulações de competições.
Já a UCP de Programação Competitiva com C++, ministrada desde o início do ano letivo, foi mais uma ferramenta importante de formação dos participantes. A UCP contou com 33 estudantes dos três anos dos cursos técnicos integrados e ofereceu fundamentos da linguagem C++, considerada uma das mais indicadas para competições como a OBI, além de exercícios práticos voltados diretamente ao estilo da prova.
“Dentro da UCP, eu comecei com o ensino da linguagem C++ e fui trabalhando questões da OBI. Fiz simulados e fui ensinando o conteúdo necessário para eles resolverem a prova”, contou a professora.
Além dos alunos dos cursos técnicos, pela primeira vez o Campus contou com a participação de estudantes do ensino superior na competição. Quatro alunos do curso de Sistemas para Internet participaram da OBI, com apoio do professor Bruno Queiroz, enquanto o professor Ricardo Boaventura auxiliou na aplicação da prova para os alunos do integrado.
“Eu nunca tinha conseguido que alunos do ensino superior participassem, e este ano tivemos quatro. Fiquei muito feliz com esse avanço”, celebrou Crícia.
A docente também destacou o envolvimento coletivo na execução do projeto, que atualmente conta com quatro bolsistas e cinco voluntários, além do suporte de outros docentes da área de computação. A expectativa é de que o campus siga avançando no cenário das competições acadêmicas de informática.
“Minha expectativa é que a gente se torne um centro de referência em competições de programação e que isso ajude na formação dos alunos. Enquanto resolvem problemas usando programação, eles desenvolvem o raciocínio lógico, algo útil para qualquer contexto”, afirmou Crícia. “Quero muito que nossos alunos possam se destacar também nacionalmente, com medalhas nas competições de programação e também nas competições femininas”, completou.
Outro foco do projeto é a Competição Feminina da OBI, prevista para setembro. Um novo ciclo de treinamento será iniciado nas próximas semanas com foco na formação de alunas para essa etapa específica, reforçando o compromisso do campus com a equidade de gênero nas ciências da computação.
Sobre a OBI
A Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Computação que busca estimular o interesse dos jovens pela ciência da computação por meio de desafios que envolvem lógica, criatividade e conhecimento em programação. As provas são divididas nas modalidades Iniciação e Programação, com diferentes níveis conforme o ano escolar dos participantes.
Na modalidade Programação, da qual participaram os alunos do IFTM, as provas exigem o desenvolvimento de soluções para problemas computacionais usando linguagens como C++, Python, Java, C ou Javascript. Os melhores colocados podem ser convidados para a Semana Olímpica da OBI, que acontece no Instituto de Computação da Unicamp, e até mesmo para seletivas que formam as equipes brasileiras em competições internacionais, como a Olimpíada Internacional de Informática (IOI).
A professora Crícia se mostra otimista com os próximos passos. “A programação competitiva é um esporte mental, e os alunos ganham muito aprendendo. Acredito que podemos ampliar ainda mais nossa participação e consolidar uma cultura olímpica dentro do campus”, concluiu.