Egressa rumo aos EUA

Egressa do Campus Uberlândia Centro é aprovada em seis universidades americanas e conquista bolsa integral

Ana Luísa Prieto destacou o papel do IFTM em sua conquista e deu dicas a estudantes que tenham interesse em seguir o mesmo caminho
Publicado em 18/06/2025 10:41 Atualizado em 18/06/2025 11:52
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Ana Luísa Prieto comemora aprovação em universidade americana
Ana Luísa Prieto comemora aprovação em universidade americana
Crédito: Divulgação

Estudar no exterior sempre foi um sonho para Ana Luísa. Em 2024, esse desejo se transformou em realidade: ela foi aprovada em seis instituições de ensino superior nos Estados Unidos, com destaque para a Hult International Business School, onde conquistou uma bolsa integral (full tuition scholarship), que cobre todas as mensalidades — estimadas em mais de 1 milhão de reais ao longo de quatro anos — além de 50% dos custos com moradia. A estudante também foi aprovada na Temple University, Marquette University, St. Thomas University, University of Connecticut e Santa Fe College, todas com algum tipo de apoio financeiro.

O processo de candidatura para universidades americanas é extenso e exige diversos documentos, como currículo em inglês, boletins escolares, redações, cartas de recomendação, comprovantes financeiros e, em alguns casos, entrevistas ao vivo. Para Ana, o desafio foi superado com organização e apoio. “É um processo longo, exige organização, paciência e dedicação, mas vale cada esforço. Realizar um sonho como esse não tem preço”, resume.

A estudante destaca ainda que o IFTM foi peça-chave em sua preparação. “Durante o meu ensino médio, pude participar de várias atividades extracurriculares que enriqueceram meu currículo e me proporcionaram experiências que pude refletir nas redações da aplicação. Além disso, tive o apoio essencial de professores incríveis, como o Fabrício, a Lísia e a Samia, que escreveram ótimas cartas de recomendação e me incentivaram durante todo o processo.”

O papel do IFTM e dos professores na jornada

Três professores que acompanharam de perto a trajetória de Ana Luísa compartilharam relatos sobre o processo de escrita das cartas de recomendação e o diferencial da formação no IFTM.

A professora de Física Samia Abadia Dantas conta que o modelo de carta exigido pela universidade pedia reflexões sobre o crescimento acadêmico do estudante e exemplos de destaque. Ela relembra o cuidado com que escreveu: “Fiz questão de destacar as habilidades que vejo na Ana para além das matérias em si. Ela sempre foi bastante curiosa, com perfil de liderança, se envolveu em projetos de extensão, iniciação científica, grêmio estudantil… tudo que me lembrava, eu coloquei. Quando fui fazer a carta, procurei evidenciar os potenciais variados dela.”

A professora também ressalta o papel da instituição nesse processo. “Eu entendo que estudar conosco é um prato cheio. JIF, projeto de pesquisa, extensão, participação em eventos, essas coisas são acessíveis a qualquer estudante. A Ana aproveitou todas essas possibilidades e fez tudo muito bem.”

A professora de Geografia Lísia Moreira Cruz, que orientou a estudante em projeto de iniciação científica, também foi uma das responsáveis por carta de recomendação. Ela destaca a dedicação de Ana e seu olhar ampliado para o mundo. “Ela se destacava pela criatividade, pela preocupação com temas sociais e ambientais, e pela capacidade de se envolver em ações voluntárias. A Ana sempre foi proativa, educada, lidava bem com tecnologias e ia muito além do básico.”

Segundo Lísia, o IFTM teve papel fundamental para o desenvolvimento dessas habilidades. “Ela teve a possibilidade no IFTM de avançar e trabalhar todas essas capacidades nos diversos projetos, eventos e comissões que participou. Isso certamente fez a diferença.”

O professor Fabrício Gomes Peixoto, também responsável por cartas de recomendação enviadas às universidades e orientador de Ana Luísa no processo, explica que personalizou os textos de acordo com o perfil de cada instituição. “Eu escrevi uma primeira carta na qual eu falava dela, das características que eu achava que eram importantes nela e que poderiam ser úteis na vida acadêmica dela. Depois, adaptava para cada universidade, colocando os elementos que elas julgavam mais significativos, como trabalho voluntário, liderança ou trabalho em grupo. A própria Ana me ajudou nisso, dizendo qual era a universidade e o que valorizavam mais.”

Para ele, o papel do Instituto Federal foi essencial nessa conquista. “Tenho convicção de que passar pelo IF foi fundamental para ela ter a possibilidade de entrar nessas universidades. O aluno nem sempre percebe, mas o IFTM oferece oportunidades que vão além do conteúdo curricular. No caso da Ana, habilidades como liderança, convivência em equipe e respeito ao outro foram amadurecidas no dia a dia da escola. Mais tarde, isso tudo fez sentido e ajudou na formação dela como pessoa e cidadã.”

Dicas para outros estudantes

Questionada sobre que conselho daria a outros estudantes que desejam trilhar o mesmo caminho, Ana é direta: “A primeira dica com certeza é estudar o inglês. O domínio do idioma é essencial. E a segunda é: não desistam. É um processo desafiador, mas possível. E eu sou muito grata a todos que me auxiliaram nessa jornada — especialmente à minha mãe.”

Confira abaixo uma entrevista na qual Ana Luísa fala mais sobre o processo de admissão e conquista de bolsa.

1) Como foi o procedimento para aprovação?

A candidatura para universidades americanas é um processo extenso e dividido em várias etapas. É necessário apresentar diversos documentos (todos em inglês), como: currículo (no modelo americano), school profile (uma apresentação da sua escola), boletins do 9º ano ao 3º ano do ensino médio, cartas de recomendação (geralmente duas ou três), personal statement (redação pessoal principal), essays (redações adicionais exigidos por algumas universidades), comprovantes bancários (para quem solicita bolsa), teste de proficiência, e o SAT (ENEM americano, opcional em várias instituições). Algumas universidades também podem pedir vídeos, portfólios, entrevistas e outros materiais complementares.

2) E para conseguir a bolsa?

Cada universidade tem seu próprio processo de concessão de bolsas, com critérios variados. Muitas vezes, é necessário enviar redações extras, vídeos, cartas de recomendação adicionais, trabalhos artísticos e até fazer entrevistas ao vivo.

No meu caso, para a Hult, escrevi uma redação adicional e meu orientador, o Fabrício, enviou mais uma carta de recomendação. Após ser selecionada como finalista, participei de uma entrevista ao vivo em inglês com um representante da universidade. E ai ganhei uma full tuition scholarship, bolsa que cobre 100% das mensalidades, além de metade dos custos com moradia.

3) Por que optou por fazer faculdade no exterior?

Estudar fora sempre foi meu sonho e eu também sempre gostei de aprender novos idiomas. Já tive a oportunidade de realizar algumas viagens internacionais e sempre me encanto com a diversidade cultural. A chance de viver uma nova realidade, conhecer pessoas de diferentes partes do mundo e mergulhar em um ambiente totalmente novo é algo que me empolga muito.

No ano passado, fiz um intercâmbio de curta duração no Canadá, que foi inesquecível e reforçou ainda mais meu desejo de continuar os estudos no exterior. Além disso, pretendo seguir carreira na área de comércio internacional, e os Estados Unidos são hoje um dos maiores centros de negócios do mundo, o que me trará muitas oportunidades de estudo e trabalho na área.

4) Qual sua expectativa para esta nova fase?

Estou muito animada com essa nova etapa da minha vida! É claro que dá um frio na barriga de pensar em morar sozinha em outro país, mas também sei que será uma experiência transformadora, tanto profissional quanto pessoalmente. Mal posso esperar para embarcar nessa nova jornada e aproveitar todas as oportunidades.

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