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Evento do Neabi, IFTM Campus Patos de Minas, reafirma o seu compromisso com a realização de práticas antirracistas no ambiente escolar

Organizado pela Coordenação de Assuntos Étnicos-raciais e Indígenas (CAERI), evento reúne estudantes, servidores e convidados externos em manhã de sábado letivo
Publicado em 03/07/2025 08:28 Atualizado em 04/07/2025 14:37
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Evento Neabi - IFTM Campus Patos de Minas
Evento Neabi - IFTM Campus Patos de Minas
Crédito: Neabi - IFTM Campus Patos de Minas

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) Campus Patos de Minas, é um espaço acadêmico dedicado ao estudo e à reflexão sobre questões raciais, étnicas e culturais no Brasil, cujo intuito é promover a igualdade racial e a valorização da diversidade cultural, por meio de pesquisas, debates e ações extensionistas de fortalecimento da autoestima e da consciência negra e indígena.

Em vista de seus objetivos, o NEABI realizou, na manhã do dia 28 de junho, um evento de fechamento das ações que foram implementadas durante o primeiro semestre do ano letivo corrente, o que engloba, ainda, o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial no Brasil, comemorado em 3 de julho (Lei Afonso Arinos, n. 1.390/51). Na data, em formato de mesa-redonda, houve a apresentação de trabalhos relativos aos debates acerca das reverberações do racismo estrutural a partir da leitura da obra Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Tal livro foi abordado nas aulas de Língua Portuguesa das turmas de primeiro ano do Ensino Médio Integrado, pela Profa. Rosana Pugina, fato este que gerou questionamentos e indignação. Ao lado da convidada Profa. Vânia Silva Morais, que mediou a mesa, Thalita Quintino Silva, Vítor Hugo Lacerda Carvalho, Maria Cecília Pereira de Morais, Sílvia Eduarda de Almeida Costa, Gabriel dos Santos Rodrigues e Gabriela Carvalho Novais discutiram a temática proposta, a fim de transformar a consciência antirracista em práticas cotidianas no ambiente escolar.

Em seguida, a convidada Profa. Maria de Lourdes Santos subiu ao palco do auditório para relatar vivências relativas ao racismo vigente na sociedade brasileira, concordando com as indagações trazidas pelas alunas e pelos alunos que integraram a mesa-redonda anteriormente apresentada. Em sua fala, ela reforçou a necessidade de estratégias corriqueiras de confrontação do preconceito racial, especialmente nas escolas.

Na sequência, a Profa. Cristina Matos mostrou e comentou uma série de obras, como a música Inclassificáveis, de Arnaldo Antunes, pinturas de Elvis da Silva e fotografias de Cláudia Andujar, com o intuito de esclarecer, para o público presente, as diversas oportunidades que as artes proporcionam para que apelos de conscientização racial sejam ecoados pela sociedade.

Logo após, a Profa. Vânia voltou ao palco para apresentar o seu trabalho de doutorado, “Os saberes afro-ameríndios na formação continuada de professoras (es) e pesquisadoras (es): tecituras de uma prática intercultural e decolonial na pós-graduação em educação”, o qual está sendo realizado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Por fim, a ativista pelos direitos das pessoas negras e pardas e uma das fundadoras do Coletivo MADA – Movimento de Acolhimento à Diversidade e à Ancestralidade –, Élida Mariana de Abreu,  tomou a palavra para relatar a história de Madalena Gordiano, que é uma mulher negra que foi submetida a 38 anos de trabalho análogo à escravidão em Patos de Minas, cuja situação, justamente por refletir a crueldade do racismo estrutural que embasa a cultura brasileira, provocou a criação do coletivo supracitado. Como princípio, o grupo busca debater as opressões sofridas pela negritude, ao mesmo tempo em que propõe ações antirracistas, o que se dá por meio de encontros de Slam, Batalhas de Rima, Grafite, Clubes de Leitura, Concertos e mesas de discussão.  

A Direção-Geral do campus, professor Belchior Antônio da Silva, também esteve presente no evento e relatou a importância das ações do Núcleo e da participação da comunidade acadêmica.

Portanto, como é notável quanto às atividades apresentadas no último dia 28 de junho de 2025, com uma abordagem interdisciplinar, o NEABI reúne professoras, professores, estudantes e pessoas que representam a comunidades local para discutir inúmeros temas, como racismo, identidade negra e políticas de inclusão. Ao fazer isso, o IFTM contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

 

 

 

 

 

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