Diversidade

IFTM celebra o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ com ações de inclusão e debate em todos os campi

Iniciativas coordenadas pelo NEDSEG e pela CAID reforçam o compromisso da instituição com a diversidade, o acolhimento e a permanência de estudantes, combatendo a discriminação e promovendo a educação emancipatória
Publicado em 03/07/2025 14:45 Atualizado em 03/07/2025 15:05
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Mosaico de fotos de algumas atividades e momentos que aconteceram nos campi
Mosaico de fotos de algumas atividades e momentos que aconteceram nos campi
Crédito: Arquivo das Comissões de Comunicação dos campi do IFTM

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) reafirmou seu compromisso com a diversidade e a inclusão ao promover uma série de atividades em todos os seus campi durante o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+. Coordenadas pela Coordenação de Ações Inclusivas e de Diversidade (CAID) e pelos Núcleos de Estudos de Diversidade, Sexualidade e Gênero (NEDSEG), as ações buscaram criar espaços de diálogo, celebração e conscientização sobre a importância dos direitos humanos e do respeito às múltiplas identidades.

Junho, como destaca a equipe da CAID, “representa a luta histórica por dignidade, respeito e igualdade de uma comunidade que, apesar dos avanços, ainda enfrenta discriminação estrutural em diversos espaços”. Para o IFTM, essa mobilização é parte fundamental de sua missão.

Educação como ferramenta de transformação

A celebração do Orgulho no ambiente acadêmico vai além do simbólico. Conforme aponta a coordenadora de Ações Inclusivas e de Diversidade do IFTM, Marina Beatriz Ferreira Vallim, o engajamento da instituição é uma resposta direta a desafios concretos. “Dados alarmantes mostram que estudantes LGBTQIAPN+ têm maior probabilidade de abandonar os estudos devido a ambientes hostis. A evasão escolar relacionada à LGBTfobia é uma realidade que nos convoca à ação efetiva”, afirma.

O IFTM entende que uma educação verdadeiramente emancipatória só é possível em ambientes que valorizam e respeitam todas as identidades. “Celebrar o Orgulho é afirmar nosso compromisso com a permanência e o êxito de todos os estudantes”, complementa Marina, ressaltando que a diversidade fortalece a comunidade acadêmica e enriquece a produção científica e cultural.

A visão dos educadores: “Sua existência importa”

Para os servidores envolvidos, as atividades representam um pilar essencial da formação cidadã. Marcos Tadeu Pereira de Queiroz, Técnico em Assuntos Educacionais do IFTM Campus Paracatu e pesquisador em Direitos Humanos, enfatiza o papel transformador da instituição.

“Desenvolver atividades durante o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ não é apenas importante — é essencial. Quando damos visibilidade a essas pautas, estamos dizendo a cada estudante, a cada servidor e a cada pessoa da comunidade: 'Você é bem-vinde aqui. Você é respeitado. Sua existência importa’. O que fazemos aqui vai além dos muros da escola. Estamos contribuindo para mudar mentalidades e formar uma geração mais consciente, solidária e empática”, declara Marcos.

Essa percepção é compartilhada por Daniela Prado, Coordenadora do NEDSEG do Campus Paracatu. Para ela, a "Semana do Orgulho" reforça o papel do núcleo como um agente transformador. "Iniciativas como essa contribuem para formar cidadãos mais conscientes e solidários, além de fortalecer os valores democráticos. Que esse exemplo inspire outras instituições a abraçarem a diversidade não apenas como tema, mas como prática diária", pontua.

O impacto na vivência estudantil

O resultado mais significativo das ações é percebido diretamente pelos estudantes. Giovana Cristini de Oliveira Castro, estudante do 1º ano do curso Técnico em Eletrônica do Campus Paracatu, descreve a experiência como fundamental para manter a pauta em evidência.

“Participar do Mês do Orgulho LGBT é sempre uma experiência muito boa. As atividades extras chamam a atenção e são essenciais para trabalhar essas pautas, cuja visibilidade diminuiu um pouco recentemente. Voltar a esses temas é importantíssimo, porque a violência e o bullying ainda acontecem”, relata a estudante.

Giovana destaca duas atividades que a marcaram: a exibição de um filme e um estudo em sala de aula. “O filme abrangeu temas como a descoberta da sexualidade e a vivência com outras pessoas LGBTs, além de questionar estereótipos. O estudo em sala sobre artistas influentes da comunidade, como Ney Matogrosso e Lady Gaga, e sobre a história do movimento, também foi muito interessante. É essencial continuar com esses temas e sempre voltar a eles”, conclui.

Um convite à ação contínua

As atividades do Mês do Orgulho no IFTM serviram como um lembrete de que a construção de um ambiente seguro e acolhedor é uma responsabilidade coletiva. A instituição convida toda a comunidade a ser uma aliada ativa: educando-se, respeitando o nome social, usando linguagem inclusiva e intervindo em situações de discriminação.

Ao celebrar o Orgulho LGBTQIAPN+, o IFTM não apenas cumpre seu papel educacional, mas também constrói, dia após dia, um instituto onde todas as pessoas possam, de fato, existir plenamente e desenvolver seus potenciais.

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