História nos JIFs 2025

Campus Uberlândia Centro conquista medalhas em cinco modalidades na etapa institucional dos Jogos dos Institutos Federais

Na edição 2025 dos JIFs, IFTM Udicentro conquistou sua primeira medalha de ouro em uma modalidade coletiva, com o basquete masculino
Publicado em 09/07/2025 09:36 Atualizado em 10/07/2025 16:30
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Time de basquete que conquistou o primeiro ouro do Campus em competições coletivas nos JIFs
Time de basquete que conquistou o primeiro ouro do Campus em competições coletivas nos JIFs
Crédito: Divulgação

O Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), encerrou a etapa institucional dos Jogos dos Institutos Federais (JIFs) com glórias na bagagem e um feito histórico. Os estudantes-atletas do IFTM Udicentro conquistaram medalhas no futsal, vôlei, tênis de mesa, xadrez e basquete, sendo que nesses dois últimos as medalhas foram douradas. O grande feito foi a conquista dos atletas do basquete masculino, pois foi a primeira medalha de ouro em uma modalidade coletiva do Campus Uberlândia Centro na história dos JIFs.

A etapa institucional dos Jogos aconteceu entre os dias 30 de junho e 04 de julho na cidade de Ituiutaba e a delegação do Campus Uberlândia Centro contou com mais de 40 estudantes atletas. A chefe da delegação do IFTM Udicentro, professora de Educação Física Flávia Gomes, fez um balanço das conquistas do Campus e celebrou com orgulho as conquistas dos atletas.

“O Campus Uberlândia Centro volta com um ótimo resultado dos JIFs 2025. Trouxemos resultados positivos tanto nos esportes coletivos quanto nos esportes individuais. Nos esportes individuais, no xadrez, nós conquistamos o ouro por equipes e também conquistamos o ouro, a prata e o bronze no individual masculino. No tênis de mesa, nós fomos prata e bronze também na modalidade masculina”, conta a professora. “Nos esportes coletivos, nós fomos bronze tanto no basquete feminino, quanto no voleibol masculino e no futsal masculino. E conseguimos a tão sonhada medalha de ouro no basquete masculino. Então, fica um marco na história do Campus Uberlândia Centro, pois é o primeiro ouro que a gente traz para o Campus no esporte coletivo”, completa Flávia.

Reis da cesta

Ganhar uma medalha em uma modalidade coletiva era um objetivo há tempos perseguido pelos estudantes-atletas do Campus e por muitas vezes eles bateram na trave, ou melhor, no aro. No basquete masculino, em 2024 a equipe ficou com a prata por uma cesta de diferença e voltaram dos Jogos com um gostinho amargo na boca. Este ano, contudo, todos foram para Ituiutaba muito concentrados e caminharam rumo ao topo invictos e sem dar qualquer chance para os adversários.

“A gente estava com o gostinho dessa vitória desde o ano passado, já que nós perdemos por uma cesta de diferença. Este ano, nós fizemos uma ótima campanha durante o JIF, conseguimos vencer todas as partidas e tivemos a felicidade de ganhar do campus Paracatu no final do basquetebol masculino. Quero aqui ressaltar a união, a simplicidade, o esforço de cada um dos atletas do basquete masculino que treinaram e se dedicaram muito para poder chegar nos JIFs preparados para essa conquista da medalha de ouro”, comemora a professora Flávia.

A campanha dos jovens atletas começou com uma vitória de 32 a 21 em cima do Campus Patrocínio. Na segunda rodada, eles bateram o Campus Paracatu por 20 a 14 e na etapa seguinte ganharam de WO do Campus Ituiutaba. Na semifinal, venceram com folga o Campus Uberaba e na final voltaram a encarar os jogadores de Patrocínio. Vitória de 22 a 16 e muita comemoração pela tão sonhada medalha.

Hugo Guimarães, do 3º ano do curso técnico integrado de Programação de Jogos Digitais Integrado ao Ensino Médio, destacou o compromisso da equipa na busca pelo ouro em 2025.

"Todo o processo de conquistar esse primeiro ouro coletivo pode ser definido em uma palavra: confiança. O JIF é um campeonato de cinco dias extremamente exaustivo, tanto mentalmente quanto fisicamente, para o atleta e a confiança para entrar em quadra e desempenhar o seu melhor jogo era extrema. Não só a confiança em si mesmo, mas a confiança nos seus colegas”, conta o capitão.

“Não tem como não falar que essa conquista não foi um trabalho coletivo, porque mesmo com alguns dos atletas machucados e outros claramente cansados, não existiu um momento em que a gente não tomou a frente e falou: 'a gente quer ganhar, a gente quer mais que a outra equipe, a gente vai mostrar pra eles que a gente quer mais'. E esse troféu vai ser nosso. A forma como cada um deu a vida, o esforço, o suor, a garra, o sangue para obter esse troféu, não tem como descrever, é uma sensação única”, completa Hugo, que ainda reforçou a importância do grupo no momento da final.

“O basquete é um esporte que revela o seu caráter no momento derradeiro. Eu acho que na final, todo mundo que jogou e todo mundo que não jogou, mesmo torcendo, mostrou que quando fosse necessário estaria lá para cumprir o seu papel. E por causa do papel de cada um, a gente pôde conquistar esse ouro coletivo para o campus", finaliza o estudante.

Ouro e tradição no xadrez

O domínio do Campus Uberlândia Centro nos JIFs não se limitou às quadras. No xadrez, a estratégia e a dedicação dos estudantes resultaram em uma performance avassaladora, que garantiu medalhas de ouro, prata e bronze no individual masculino e o troféu de melhor equipe para o Campus. Márcio Elias De Souza Araújo ficou com o ouro, Antônio Barbosa Brandão conquistou a prata e João Lucas Silva Sivieri ficou com a quarta posição, que no xadrez vale a medalha de bronze. A equipe do Campus também foi representada na modalidade feminina, com Geovanna Gabriely Silva Gonçalves, que ficou com a 5ª posição entre as mulheres.

O segredo para tal hegemonia, segundo os próprios enxadristas, está no trabalho contínuo de um projeto da instituição. Antônio, estudante e medalhista de prata, é bolsista do projeto e destaca como a cultura do xadrez se fortaleceu no dia a dia do campus. “O xadrez é muito divulgado, sempre nos intervalos os alunos estão muito dedicados jogando. A cultura do xadrez vem crescendo e vem muito forte no nosso campus”, afirma o estudante.

Para ele, a prática constante foi diretamente convertida em resultado na competição. “Essa quantidade de jogos que a gente vem fazendo nos intervalos, na hora do almoço, refletiu em um ótimo resultado. O primeiro colocado, eu que fiquei em segundo e o quarto colocado, todos indo para a segunda etapa, são do nosso campus”, celebra Antônio.

O estudante, que participa do projeto desde o primeiro ano do curso, vê a conquista como a validação de um longo trabalho e já mira o futuro. “Estou muito satisfeito que as pesquisas vêm surtindo efeito. E ano que vem a gente quer seguir firme e forte para conquistar mais bons resultados e nunca parar com o incentivo que nosso campus tem. Os resultados estão vindo e vindo muito fortes há muito tempo”, conclui.

Mais importante que as medalhas

Flávia Gomes ressalta que o Campus poderia ter voltado com a bagagem ainda mais recheada de medalhas. No atletismo, dois atletas com grande potencial para o pódio se lesionaram durante a competição e por isso o Campus perdeu a chance de disputar medalhas na categoria.

“No atletismo, este ano, nós tivemos três lesões de atletas, o atleta Marcus Ian (medalhista de ouro JIF 2023 e JIF 2024) que já estava competindo na final e de duas atletas, Luiza e Natally  que machucaram durantes os jogos e não tiveram condições físicas de participarem das provas do atletismo. Desta forma, não conseguimos alcançar o resultado devido às lesões. Fica o sentimento de frustração por conta desses episódios, mas também sabemos que faz parte dos esportes”, avalia a Flávia, que faz questão de reforçar que o maior ganho dos JIFs não são as conquistas, mas a experiência de integração que a competição oferece aos estudantes.

“Sabemos que o JIFs é um evento muito importante no desenvolvimento esportivo, já que oportuniza a prática de atividade física pelos nossos estudantes. Mas também é um evento que promove o desenvolvimento social, pois os jogos promovem momentos de interação, de respeito, de acesso a novas culturas, enfim é um momento de troca de experiências. É muito legal ver os nossos estudantes vivenciando a integração com outras pessoas, conhecendo novas cidades e outros campi do IFTM e é possível perceber todo desenvolvimento e formação que essa competição proporciona para o nosso estudante”, finaliza a professora.

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