Ciclo de Conversas

Parceria entre o ITM Campus Uberaba e a Universidade Federal do Paraná reuniu pesquisadores e profissionais em debates sobre café e hospitalidade

A sexta edição do Ciclo de Conversas, que aconteceu no formato online em dois momentos, discutiu temas específicos da área
Publicado em 04/11/2025 21:35 Atualizado em 04/11/2025 21:40
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Captura de tela de uma videoconferência com seis pessoas, dispostas em duas linhas de três janelas cada, com os nomes visíveis nas telas. Cada participante está em seu próprio ambiente, com diferentes iluminações e fundos. Todas as pessoas olham para a câmera durante o encontro virtual
Captura de tela de uma videoconferência com seis pessoas, dispostas em duas linhas de três janelas cada, com os nomes visíveis nas telas. Cada participante está em seu próprio ambiente, com diferentes iluminações e fundos. Todas as pessoas olham para a câmera durante o encontro virtual
Crédito: Divulgação

O Ciclo de Conversas sobre Café e Hospitalidade, promovido em outubro pelo IFTM Campus Uberaba em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), consolidou-se como um espaço que une ciência, arte e cultura. A sexta edição do evento, transmitida pelo canal da instituição no YouTube, explorou diferentes formas de vivenciar o café: como produto, pesquisa e expressão de hospitalidade.

O evento coordenado pela Alini Nunes de Oliveira, do Campus Uberaba e da doutoranda Beatriz Carvalho Tavares, da UFPR, ambas integrantes do grupo de pesquisa TerroirTUR, foi dividido em dois momentos.

O primeiro encontro, realizado no dia 22 de outubro, abordou o tema “Café e Turismo: café e pesquisa em turismo”, reunindo especialistas que desenvolvem estudos sobre o turismo de cafés em várias regiões do país. “O tema café e turismo sempre esteve presente desde a primeira edição, mas nesta propusemos um olhar inédito, convidando pesquisadores que vivenciam essa relação em seus territórios”, explicou Alini Nunes. Foram apresentadas experiências do Vale do Café (RJ), da Paraíba e de Itacuritinga do Norte (PE), seguidas por um debate sobre os desafios e avanços das pesquisas no setor. “Percebemos um crescimento significativo na produção científica sobre o turismo de cafés, mas ainda há muito a explorar em outros estados”, completou a professora.

Entre os trabalhos apresentados, destacou-se o levantamento nacional desenvolvido por Alini em parceria com as pesquisadoras Beatriz Tavares e Sara Minasi, que mapeou iniciativas de turismo de cafés em todo o país. “Esse estudo nos permitiu compreender a diversidade de práticas e o papel do café como expressão cultural e econômica da hospitalidade brasileira”, observou a docente.

O segundo encontro, no dia 29 de outubro, trouxe o tema “Café e Consumo Popular” e discutiu a democratização do acesso a cafés de qualidade. Participaram do debate profissionais da torrefação artesanal, produtores e baristas que desenvolvem projetos voltados a comunidades de baixa renda. “Queremos ampliar o acesso a produtos de qualidade e refletir sobre a deselitização dos cafés especiais. É um tema sensível, mas necessário para aproximar o café de todos os públicos”, pontuou Alini.

Para a doutoranda Beatriz Carvalho Tavares, a parceria entre o IFTM e a Universidade Federal do Paraná fortalece a construção coletiva de conhecimento. “A realização do VI Ciclo de Conversas sobre Café e Hospitalidade em parceria com o IFTM possibilitou manter o diálogo entre ambiente acadêmico, mercado e público geral. Tivemos a oportunidade de compartilhar nosso olhar sobre o café em suas múltiplas dimensões, estimulando redes que consomem, pesquisam e vivem de café e de turismo. O café é muito mais do que uma bebida: é um manifesto da cultura brasileira”, afirmou.

Além dos debates, o evento também destacou o viés artístico do café. Foram exibidas obras de artistas de diferentes regiões do país que utilizaram o café como inspiração — de pinturas e ilustrações a composições poéticas. Entre as produções, uma artista de Cuiabá usou filtros de café em suas criações; um barista de Curitiba retratou pontos turísticos da cidade com tinta de café; e um artista de Uberaba apresentou haicais inspirados na bebida, lidos ao vivo durante a transmissão. “A arte é parte essencial do Ciclo, porque traduz o café como símbolo cultural e afetivo”, destacou Alini.

Criado em 2020, o Ciclo de Conversas sobre Café e Hospitalidade é realizado anualmente em outubro, mês em que se celebra o Dia Internacional do Café. A professora adiantou que a comissão organizadora já prepara a edição de 2026, com possibilidade de atividades presenciais em Uberaba, mantendo o formato online e o acesso gratuito.

As gravações da edição de 2025 estão disponíveis no canal do YouTube do IFTM Campus Uberaba, e as edições anteriores podem ser conferidas nos canais da IWCA Brasil e do grupo de pesquisa TerroirTUR, da Universidade Federal do Paraná.

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