Eventos Institucionais

Estudantes, servidoras e servidores do IFNMG Campus Pirapora participam do V CONERER

Parceria entre IFNMG e IFTM fortalece ações antirracistas, com atividades promovidas pelo IFNMG no V CONERER
Publicado em 30/11/2025 22:09 Atualizado em 01/12/2025 10:26
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Fotografia colorida de estudantes, servidoras e servidores do IFNMG Campus Pirapora em frente ao Teatro Leão de Formosa, em Patos de Minas, durante o V CONERER.
Fotografia colorida de estudantes, servidoras e servidores do IFNMG Campus Pirapora em frente ao Teatro Leão de Formosa, em Patos de Minas, durante o V CONERER.
Crédito: IFNMG Campus Pirapora

Estudantes, servidoras, servidores e o diretor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) – Campus Pirapora participaram, nos dias 24 e 25 de novembro, do V Congresso Nacional de Estudos das Relações Étnico-Raciais (CONERER), realizado em formato presencial no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Campus Patos de Minas.

A parceria entre as instituições foi viabilizada por meio da professora Márcia Moreira Custódio, ex-servidora do IFTM e, atualmente, integrante do quadro do IFNMG, por meio de processo de redistribuição. Durante sua trajetória no IFTM, Márcia Custódio participou ativamente das ações do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e esteve presente em outras edições do CONERER. Neste ano, manteve uma atuação igualmente engajada, trazendo a Patos de Minas um ônibus repleto de estudantes do Campus Pirapora, além das professoras Mariane Alves de Souza e Jacqueline Alves de Jesus, do professor Fábio Brito dos Santos e do diretor do campus, Wallace Magalhães Trindade, em uma parceria voltada ao fortalecimento das reflexões sobre as relações étnico-raciais, na qual diversas atividades foram ministradas por estudantes e por servidores na manhã do dia 25 de novembro.

No minicurso “Bom dia, camaradas: memória, identidade e afeto na literatura angolana”, foi proposta uma reflexão sobre a obra Bom dia, camarada, do escritor angolano Ondjaki. A partir do olhar sensível de uma criança, o livro apresenta o cotidiano de Angola no período pós-independência, revelando afetos, memórias e contradições de um país em reconstrução.

Na oficina “Bonecas Abayomi”, os participantes foram convidados a confeccionares  bonecas feitas apenas com retalhos de tecido, sem costura ou cola, ressaltando seu profundo significado simbólico ligado ao afeto, à resistência e à força das mulheres negras durante o período da escravidão.

A atividade “Hieróglifos: a escrita sagrada dos egípcios” convidou o público a conhecer os símbolos e significados da escrita dos antigos egípcios, permitindo uma aproximação com conhecimentos milenares do continente africano.

Já o minicurso “Práticas para adiar o fim do mundo” promoveu uma imersão na cosmologia indígena, por meio da contação de histórias inspiradas na obra de Ailton Krenak, destacando outras formas de relação com a Terra e com a vida.

Na oficina “Tranças e turbantes: ancestralidade e empoderamento negro”, os participantes vivenciaram técnicas e tradições afro-brasileiras, reconhecendo o cabelo e o turbante como símbolos de identidade, resistência e orgulho cultural.

A oficina “Adinkras: a escrita africana dos povos Akan” proporcionou o contato com textos literários de autoria africana e afrodescendente, a partir do estudo dos símbolos Adinkra, originários do povo Akan, articulando história, linguagem e ancestralidade.

A programação contou ainda com a roda de conversa “Milton Santos: reflexão sobre pertencimento ao espaço e a situação dos corpos negros”, que propôs debates sobre a ocupação dos espaços, as desigualdades raciais e o lugar dos corpos negros na sociedade, e com a palestra “Pequeno manual antirracista: analisando as bases do racismo e explorando práticas para combatê-lo”, inspirada na obra de Djamila Ribeiro, abordando o racismo estrutural e as formas de enfrentamento no cotidiano.

Houve também a exposição “Comunidades quilombolas de Januária: a ancestralidade como resistência”, que reuniu telas retratando a força, a ancestralidade e a luta das comunidades quilombolas, evidenciando a arte como instrumento de memória e afirmação identitária.

Além da participação presencial nos dias principais do congresso, a professora Márcia Custódio também atuou como coordenadora de um dos Grupos de Trabalho apresentados de forma remota no dia 26 de novembro, com a temática “Povos e comunidades tradicionais de matriz africana: territorialidade, identidade, saberes e práticas educacionais quilombola”, contribuindo para ampliar o diálogo sobre educação, ancestralidade e resistência.

A Comissão Organizadora do V CONERER agradece a expressiva participação do IFNMG Campus Pirapora, ressaltando a importância da parceria, do protagonismo dos(as) estudantes e do engajamento das servidoras e dos servidores na construção coletiva do congresso, espaço de diálogo, formação e resistência em torno das relações étnico-raciais no Brasil.

A presença da comunidade acadêmica do IFNMG no V CONERER reafirma a importância das parcerias interinstitucionais e das ações de extensão para o intercâmbio de conhecimentos e o fortalecimento de práticas educativas antirracistas e interculturais, comprometidas com a valorização da diversidade étnico-racial.

 

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