Projeto Ifisi é certificado para Banco de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil
Promover inclusão social no ensino de soluções de inovação e tecnologia através da educação de crianças carentes em fase de alfabetização através da informática, impressão 3D e robótica de forma cooperativa e lúdica. Esse é o objetivo do “Projeto Ifisi – incluindo vidas pela educação criativa”, uma das 53 tecnologias inovadoras certificadas pela Fundação Banco do Brasil no ano de 2019.
O Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundação BB reúne metodologias que promovem resolução de problemas para as comunidades em que estão inseridas. Todas as tecnologias certificadas, seja de nível nacional ou internacional, compõem o banco. O projeto paracatuense se junta a outras 985 metodologias reconhecidas internacionalmente. Além de aumentar a visibilidade da iniciativa, o BTS permite reaplicação facilitada da tecnologia social, com maior possibilidade de aportes financeiros e em maior escala podendo transformar a vida de milhões de crianças na América Latina e no Caribe.
Conquistas e desafios do projeto
O Ifisi teve início em 2015 em Paracatu-MG por iniciativa de um grupo de professores do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) campus Paracatu-MG e da Universidade Federal do Goiás (UFG) campus Catalão-GO junto a parceiros organizadores, apoiadores e lideranças sociais. A ideia é transformar a realidade de crianças em situação de vulnerabilidade social e econômica, oportunizando o acesso a novas tecnologias e o rompimento de barreiras sociais. Programação, Arduíno e Scratch, Informática, impressão 3D e crianças interessadas em aprender. Esses são os elementos necessários para o projeto atingir seu objeto. A ludicidade das atividades conduzidas pelos instrutores permite que os alunos despertem para as várias possibilidades que a tecnologia permite.
O mesmo projeto havia sido tema do mestrado do professor Pedro Henrique Tomás na UFG, tendo o projeto sido homenageado pela universidade em dezembro de 2018 e premiado também em 2018 como melhor projeto nacional de tecnologia e inovação no SomosCOOP, iniciativa do Sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Tomás afirma que tem muito orgulho de levar às crianças em risco social o uso de ferramentas tecnológicas e de isso promover mudanças na vida educacional e familiar delas. “No resultado final da minha pesquisa [de mestrado] foi constatado uma melhora significativa desses alunos no seu rendimento nas ciências duras, principalmente na Matemática, já que foram feitas avaliações diagnósticas que consolidaram a eficácia do projeto Ifisi. Mas o bom é trabalhar com essas crianças no dia a dia e ver o sorriso delas. Nós temos um lema, “criança tem que brincar e brincando ela é feliz”, então, levamos através deste projeto tecnologia e nosso conhecimento através da aprendizagem criativa para que elas possam ter um futuro melhor”, ressalta Pedro Henrique.
“Nosso objetivo é melhorar a vida de crianças de bairros com alto índice de risco social através do acesso a novas tecnologias. Aproximamos tecnologia, educação com a ludicidade. Através do aprender brincando proporcionamos conhecimento técnico para proporcionar o desenvolvimento social e preparar cidadãos para a indústria 4.0. Muita coisa ainda precisa melhorar! A metodologia de reaplicação é uma delas, essa certificação nos prova que estamos no caminho certo. Nosso sucesso é alicerçado no conjunto de ações dos parceiros envolvidos. Para não correr o risco de deixar alguém de fora, vou agradecer às ações voluntárias dos alunos do IFTM campus Paracatu, estendendo com isso, o nosso “muito obrigado” a todos os envolvidos”, celebra Márcio Andrade, coordenador do Ifisi e um dos idealizadores do projeto.
Entre os parceiros diretos do projeto estão o IFTM campus Paracatu, a UFG campus Catalão, a cooperativa de crédito Sicoob Credigerais, a fabricante de impressoras tridimensionais Sethi3D, o 3D Geek Show e o 3D Academic que contribuem com treinamento e consultoria.
O professor da UFG campus Catalão, Dr. Vaston Gonçalves da Costa, que participou diretamente do projeto na orientação e cooperação, afirma que a escolha por desenvolver o projeto em Paracatu foi um grande desafio e superou expectativas. Ele conta que o estudo feito sobre o projeto apontou que “os alunos rendem melhor nas disciplinas obrigatórias do turno comum como Matemática, na escrita, na interpretação, começam a entender um pouco de Inglês e o raciocínio melhora bastante; […] o bom é que a comunidade recebeu o projeto, pois poderíamos ter feito isso em qualquer lugar do Brasil, numa escola interna da UFG com um público selecionado, mas escolhemos ir para Paracatu, uma comunidade conhecida pela sua alta vulnerabilidade social e foi fantástico, o projeto mostrou resultados favoráveis e os parceiros que investiram no projeto querem continuar e agora fomos consagrados com esse reconhecimento da Fundação BB”.
Para acessar o BTS e conferir, em detalhes, como funciona o Ifisi e qual a infraestrutura necessária para aplicar o projeto, basta acessar o site oficial do banco no endereço http://tecnologiasocial.fbb.org.br, clicar em “Pesquisar tecnologias” e filtrar pela palavra-chave “ifisi”, sem aspas.
Créditos da Matéria: Bruno Cidadão
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