Estudante do Campus Udicentro conquista título invicto de xadrez no e-JIF e segue para a etapa nacional da competição

Rodrigo Machado Borges Filho, do curso de Comércio, jogou 44 partidas na etapa institucional do torneio
Publicado em 30/06/2021 00:00 Atualizado em 27/07/2022 11:14
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Campeão invicto da etapa institucional dos e-JIFs, Rodrigo vai disputar etapa nacional em setembro deste ano
Campeão invicto da etapa institucional dos e-JIFs, Rodrigo vai disputar etapa nacional em setembro deste ano
Crédito: Arquivo pessoal

O xadrez talvez seja o jogo de estratégia mais conhecido do mundo. E, se o assunto é estratégia, Rodrigo Machado Borges Filho, estudante do 2º ano do curso de Comércio Integrado ao Ensino Médio, do Campus Uberlândia Centro, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), traçou uma certeira para a etapa institucional dos Jogos Eletrônicos dos Institutos Federais (e-JIFs). Realizada entre os dias 21 e 25 de junho, a etapa institucional contou com as competições de Free Fire, League of Legends (LoL) e Xadrez Arena, e Rodrigo foi o grande destaque dessa última. Depois de 44 jogos, todos disputados remotamente, Rodrigo conquistou nada menos que 43 vitórias, um empate e não sofreu nenhuma derrota. Com o resultado, ele terminou a competição com 75 pontos — 18 à frente do segundo colocado — e vai disputar a etapa nacional dos e-JIFs em setembro deste ano.

Apesar de ter apenas 16 anos, Rodrigo já é bastante experiente em xadrez. O estudante conta que pratica a modalidade desde os sete anos de idade e já tem no currículo cinco títulos de campeão brasileiro de xadrez. O tabuleiro, aliás, já o levou longe. O jovem já viajou para outros países da América Latina, como Bolívia e Uruguai, por conta de torneios e, aos oito anos, conseguiu ser vice-campeão pan-americano, jogando à época pelo Praia Clube. Atualmente, Rodrigo não continua a disputar os campeonatos brasileiros por falta de tempo para preparação, mas conta que a oportunidade de jogar os e-JIF foi muito bem-vinda.

“Vou jogar o nacional representando o IFTM, para quem sabe trazer esse título para cá. A expectativa é muito alta e eu acho que estou preparado. Estou me dedicando bastante e acho que consigo ser campeão”, afirma Rodrigo, que ainda faz questão de ressaltar a importância do jogo para além da competição. “Xadrez é um jogo que acrescenta bastante na vida de quem joga. Faz você ficar mais alegre, pensar, estimula o raciocínio. Eu, por exemplo, sempre que erro, busco estudar meus erros para aprender com eles. Aprendendo com os erros, a tendência é melhorar no jogo”, completa.

Gesto que vale mais que um xeque

A trajetória de Rodrigo no xadrez é marcada por bastante estudo, dedicação e também talento, mas quando ainda estava iniciando no jogo foi um gesto de outro participante que serviu de maior incentivo para continuar praticando. Rodrigo conta que, por volta dos sete anos, ele jogou um campeonato e conquistou uma medalha, mas não um troféu. Muito novo, Rodrigo, na ocasião, começou a chorar e pensou em desistir do jogo.

Foi a atitude de outro participante, contudo, que serviu de incentivo para o jovem enxadristra.  “Quando chegou a vez de os caras ganharem troféu, eu comecei a chorar e falei que ia desistir. Um dos participantes, contudo, deu para mim o seu troféu. Acho que foi por causa dele que eu aprendi a jogar”, afirma Rodrigo.

Projeto de Ensino de Xadrez

Além de competir, Rodrigo gosta de jogar e contribuir para o xadrez. O estudante participou, em 2020, do projeto de Ensino Clube de Xadrez Jogada Certa, coordenado pelo professor Elder da Silveira Latosinski e apoiado pelos professores André Luiz Zanella, Arinaldo de Oliveira e Karina Estela Costa. Além de Rodrigo, o trabalho contou com seis bolsistas: Thiago Henrique Lemos Costa, Felipe Cavecchia, Enzo Faria de Lacerda, Octávio Augusto Tavares Rodrigues, e Kauã Vitor da Silva. Com essa equipe, o projeto conseguiu ensinar os fundamentos do xadrez para vários alunos ao longo do ano.

Para o professor Elder, xadrez é uma modalidade que permite que o praticante se divirta e ainda reforça competências úteis em sala de aula. “Os objetivos que nós tivemos com o projeto foram atendidos. Conseguimos proporcionar uma atividade lúdica que ao mesmo tempo auxiliou os estudantes nesse tempo de pandemia. O xadrez é um esporte que ajuda muito na vida acadêmica, proporcionando o desenvolvimento de raciocínio. É um esporte que vai se tornando muito prazeroso”, afirma o professor, que quer continuar a promover a prática de xadrez no Campus Udicentro.

Para Rodrigo, a participação no projeto também foi positiva. “O projeto foi muito bom para ensinar o contato com o xadrez. Tinha muita gente que nem sabia como jogava, por isso foi uma iniciativa muito boa”, complementa o estudante.

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