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Unidade EMBRAPII IFTM e a empresa Wellington Sene comércio de carnes LTDA assinam projeto para desenvolvimento de novos alimentos para merenda escolar

Projeto tem como objetivo desenvolver novos produtos à base de carne mecanicamente separada de frango, utilizando o pequi, um fruto nativo do Cerrado, como antioxidante natural
Publicado em 09/10/2024 15:00 Atualizado em 09/10/2024 15:37
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Imagem retangular com uma criança branca (apenas seus braços aparecem na imagem) segura uma bandeja verde onde é servida uma refeição
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Crédito: Divulgação

Com investimentos de mais de R$ 760 mil, a Unidade EMBRAPII IFTM e a empresa Wellington Sene comércio de carnes LTDA assinaram acordo de parceria que dará início a um projeto inovador que promete transformar o setor de alimentação escolar e a agricultura familiar no Estado de Minas Gerais. A empresa parceira é integrante da Associação dos produtores familiares da região da Boa Vista e Triangulo Sul (APROBOV), uma associação de agricultores familiares localizada em Uberaba que tem como foco a produção de alimentos para merenda escolar.

Com duração de 24 meses, o projeto busca resolver dois grandes desafios: o aproveitamento sustentável dos subprodutos do frango e a melhoria da qualidade nutricional da merenda escolar. A carne mecanicamente separada (CMS) de frango, amplamente utilizada na indústria alimentícia, é propensa à oxidação, o que reduz sua vida útil. Para contornar esse problema, o pequi (Caryocar brasiliense) será utilizado como antioxidante natural, garantindo maior estabilidade e preservação do produto.

O pequi, além de ser um antioxidante natural, também harmoniza com o sabor do frango, tornando os novos produtos mais atrativos para o público escolar. Os produtos que serão desenvolvidos incluem um molho tipo bolonhesa e um produto reestruturado, ambos feitos com CMS de frango e pequi. Esses alimentos serão direcionados para a merenda escolar, oferecendo uma alternativa saudável e rica em nutrientes.

Segundo o professor Lucas Arantes, pesquisador líder do projeto, a iniciativa promove o uso sustentável dos recursos naturais e valoriza a biodiversidade brasileira, além de oferecer uma solução prática para o combate ao desperdício na cadeia produtiva do frango. "Estamos trabalhando para desenvolver produtos inovadores que, além de melhorar a qualidade nutricional das refeições escolares, também contribuem para a sustentabilidade", afirma o professor.

Arantes também ressaltou que há um esforço crescente entre pesquisadores e indústrias para substituir aditivos sintéticos por alternativas naturais, como plantas, folhas e frutas e explicou que “o aproveitamento de frutas nativas brasileiras tem sido incentivado como uma forma de promover a biodiversidade e valorizar os recursos locais. Nesse contexto, o pequi, fruto típico do cerrado, se destaca por seus benefícios nutricionais, incluindo a presença de antioxidantes, vitaminas e ácidos graxos essenciais”.

Fernanda Barbosa Borges Jardim, Diretora da Unidade EMBRABII IFTM, destacou o caráter inovador do projeto, que poderá contribuir para o aproveitamento de resíduos da indústria avícola, reduzir o desperdício e promover a sustentabilidade ambiental. “Os produtos resultantes do projeto de pesquisa poderão oferecer benefícios sociais importantes, ajudando a suprir as necessidades nutricionais dos alunos em fase de crescimento e desenvolvimento com menor custo na merenda escolar”, relata a diretora.

Com mais de R$ 9,5 milhões em projetos contratados com 18 empresas, o Polo de Inovação do IFTM tem reafirmado sua competência na área de atuação agroalimentar. Através de sua expertise tecnológica e científica, o Polo impulsiona o desenvolvimento sustentável, fortalece a competitividade das empresas parceiras e promove avanços significativos na cadeia produtiva agroalimentar.

Para mais informações a respeito do Polo de Inovação acesse a página da Unidade EMBRAPII do IFTM.

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