Entrevista

Professor do IFTM participa de projeto para formação de professores em Timor-Leste

Heliomar Júnior, professor do Campus Uberlândia, foi selecionado em edital com doze vagas para professores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
Publicado em 15/10/2024 14:15 Atualizado em 15/10/2024 14:11
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Fotografia colorida do professor Heliomar com os professores de Timor-Leste
Fotografia colorida do professor Heliomar com os professores de Timor-Leste
Crédito: Acervo pessoal

Um grupo de doze docentes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica está atuando no  programa de formação de 133 professores do ensino secundário/técnico vocacional de Timor-Leste, dentre eles, um professor do IFTM, Heliomar Beleeiro de Melo Júnior. Eles trabalham nos eixos de Contabilidade, Comércio, Secretariado, Tecnologia da Informação, Produção Agrária e Construção Civil. As atividades começaram no dia 5 de agosto e se encerram em 15 de dezembro de 2024.

Os professores, dos Institutos Federais do Amazonas (Ifam), de Rondônia (IFRO), do Rio Grande do Norte (IFRN), de Pernambuco (IFPE), do Paraná (IFPR), de São Paulo (IFSP), do Triângulo Mineiro (IFTM) e Fluminense (IFF), foram selecionados por meio de um edital organizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de promover a cooperação e o desenvolvimento social e econômico, contribuindo para o intercâmbio acadêmico, pedagógico e científico entre os dois países.

No decorrer desses 4 meses, eles ministrarão aulas de acordo com as demandas apresentadas e ajustar, adaptar e complementar, quando necessário, o material didático. O grupo está distribuído em quatro cidades: Baucau, Covalima, Ermera e, na capital do país asiático, Díli.

Neste dia dos professores, o IFTM realizou uma entrevista com o professor Heliomar, onde ele conta como foi o processo de seleção, como está o desenvolvimento da capacitação, as diferenças culturais de Timor-Leste e muito mais. Confira!

IFTM: Como você soube desse projeto de extensão e como foi o processo de inscrição e seleção?

Heliomar: Eu soube do chamamento público através do Instagram do CONIF. Li do que se tratava e, prontamente, já acessei o edital. Vi que tinha uma vaga que se encaixava no meu perfil profissional, que era para trabalhar na formação de professores que atuam no curso de produção agrária, na Escola Secundária Técnico-Vocacional. E fiz minha inscrição. 

IFTM: Você acredita que ser professor do IFTM foi um diferencial na conquista dessa vaga? 

Heliomar: Com certeza! Trabalhar no Instituto Federal do Triângulo Mineiro sempre me abriu muitas portas. Eu já tive oportunidade de trabalhar em diferentes ocasiões, com diferentes projetos, em diferentes perspectivas. Tive oportunidade de trabalhar muito com extensão, no projeto Rondon e no projeto IFTM itinerante. Tivemos uma versão do projeto IFTM itinerante internacional que aconteceu na Colômbia. E também atuo em diferentes disciplinas, tanto no curso técnico em agropecuária, quanto na Engenharia Agronômica, sempre buscando  possibilitar aos estudantes visitas técnicas, acesso a diferentes metodologias de ensino. Então, penso que toda essa experiência que o Instituto me oportunizou, as experiências vividas, me trouxeram segurança, tranquilidade e confiança para para enfrentar esse desafio. 

IFTM: Sua experiência com projetos de extensão no IFTM ajudou a entrar nesse projeto?

Heliomar: Sim! As minhas experiências nos projetos Rondon, nas operações que eu participei e nas operações que eu participei do projeto IFTM itinerante, tanto o regional, quanto a edição internacional, foram um diferencial. As visitas técnicas, os projetos de extensão que eu já trabalhei enquanto colaborador, enquanto orientador, tudo isso somou em experiência, confiança e tranquilidade pra trabalhar nesse novo desafio. Nesse caso, eu estou atuando na formação de professores, então não estou trabalhando exclusivamente com a extensão. Estou trabalhando com a parte de ensino, desenvolvimento de estratégias pedagógicas e recursos para trabalhar as aulas práticas. E, com certeza, toda bagagem que trago da extensão tem me ajudado bastante e facilitado o meu trabalho junto com os professores. A gente se torna profissional muito mais dinâmico quando tem essa capacidade, essa versatilidade de trabalhar com com a extensão. 

IFTM: Do que se trata o projeto? Quanto tempo dura? 

Heliomar: O projeto em questão trata-se da capacitação, ou formação continuada de professores de Timor-Leste, que atuam no ensino secundário técnico-vocacional. Que é o equivalente ao nosso ensino técnico integrado ao ensino médio. E aqui chama-se ensino secundário técnico-vocacional. Então, o Timor-Leste e o Brasil, mediante um acordo de cooperação, fez essa parceria, onde professores dos Institutos Federais de diferentes áreas do conhecimento, vem ofertar a capacitação para os professores locais. Nós estamos aqui atuando em escolas distintas e cada um na sua formação. O projeto acontece no contraturno, ou seja, nos horários que os professores não estão em sala de aula, onde trabalhamos a formação e a atualização desses professores que atuam no ensino secundário técnico-vocacional.

Nós trabalhamos a formação desses professores, resgatando conhecimentos, desde elaboração de um plano de ensino, de um plano de aula, revisão do projeto pedagógico do curso.  Propostas de atualizações nos critérios de avaliação dos estudantes, sugestões de práticas, de metodologias  diversas para trabalhar com os estudantes. E, mais do que isso, a gente também trabalha conteúdos técnicos. 

O projeto de formação desses professores têm uma duração de 4 meses e meio, mais ou menos. As aulas iniciaram dia 5 de agosto e encerraremos as atividades junto aos professores na primeira semana de dezembro. Na sequência, a gente vai ter a apresentação junto a representantes do Ministério da Educação do Brasil, Ministério da Educação do Timor-Leste, representante da Associação Brasileira de Cooperação (ABC). Assim, teremos a oportunidade de reunir, de compartilhar e de conversar a respeito do projeto.  Porque nosso projeto é um “projeto piloto” que visa verificar como o Brasil pode, de forma colaborativa, atuar na capacitação de professores aqui no Timor-Leste. Então, ele pode subsidiar - e tudo indica que vai subsidiar -  um projeto maior de capacitação de professores. 

IFTM: Quais ações já foram desenvolvidas, em qual fase o projeto se encontra e o que falta realizar?

Heliomar: O meu curso, que é de produção agrária, tem uma carga horária de 34 horas. Já trabalhamos um pouco mais da metade da formação e agora a gente entra na segunda metade. Já foram desenvolvidas várias atividades. Desde aulas teóricas e práticas,  a instalação de uma horta, que começamos do zero na escola, com o objetivo de envolver os estudantes dos últimos anos do ensino secundário. Fizemos desde o preparo da área, levantamento e demarcação dos canteiros, abertura do sulcos de semeadura e produção das mudas das olerícolas que plantamos na horta. Trabalhamos com orientações técnicas a respeito das culturas que estamos fazendo na horta. Também tivemos encontros, onde junto aos professores, discutimos sobre irrigação,  drenagem, solo, fertilidade, nutrição de plantas, culturas anuais, culturas perenes, fruticultura, agrometeorologia, climatologia. 

Nos meses iniciais (agosto e setembro) e nas primeiras semanas de outubro nós trabalhamos os conteúdos teóricos. Agora estamos na fase de acompanhamento da turma de professores e na realização de atividades, trabalhos práticos, desenvolvimento de material pedagógico. A gente senta com os professores e  elabora, por exemplo, roteiros de aula prática, roteiros de aula teórica e material para eles utilizarem junto aos seus estudantes, desde um simples desenho, até uma tabela, uma proposição de esquema, de organograma, uma estruturação de conteúdo. Nosso trabalho é muito versátil: vai desde uma aula expositiva junto aos professores a atividades práticas na horta. Aferição de declividade, desnível. Também trabalhamos a parte da agrimensura. É um trabalho muito dinâmico. 

Falta colher vários produtos que ainda estão na fase de desenvolvimento vegetativo na horta, onde vamos avaliar características morfológicas, estádio fenológico, aparecimento de pragas e doenças. Também vamos realizar uma visita técnica com os professores em propriedades rurais próximas para trabalhar o manejo de algumas culturas que não tem na escola e que não vai dar tempo  de se desenvolver lá antes de dezembro. 

IFTM: Quando você foi para o Timor Leste e como está sendo sua estada aí?

Heliomar: Eu vim para o Timor-Leste no dia 28 de julho e iniciei minhas atividades no dia 5 de agosto. Tivemos algumas reuniões e um encontro inicial na capital do Timor-Leste, Díli. Depois, eu fui direcionado para o município no qual eu estou trabalhando, que é Covalima. Estou residindo na Vila de Suai, que fica a uns 6,5 km da escola onde atuo. 

Minha estadia aqui está sendo maravilhosa! Se eu pudesse resumir tudo o que eu tenho vivido aqui em uma palavra seria aprendizado! E gratidão (rs)! É tudo muito intenso e muito gratificante. Encontrar pessoas que estão do outro lado do mundo, pessoas que têm objetivos comuns, que comungam dos mesmos sonhos, que têm as mesmas visões no que tange a questão da agricultura. Isso é muito gratificante. Você saber que com o seu trabalho, com sua dedicação, o seu esforço, você vai colaborar com outra pessoa, com outro país, com outra realidade. Isso é muito bom. 

Então, minha estadia, minha experiência está sendo incrível, muito positiva. Fui muito bem acolhido, muito bem recepcionado pelos professores, pelo Ministério da Educação, pelo Infordep, que é o órgão que está trabalhando junto a nós, professores, e pela ABC.

IFTM: A alimentação, a cultura e os costumes do país são muito diferentes?

Heliomar: São muito diferentes! Alimentação, cultura, costumes são muito diferentes! Para mim foi muito interessante perceber e vivenciar tudo isso aqui. Na alimentação, a utilização de produtos diferentes, formas muito distintas de elaborar, de cozer os alimentos. Bem diferente da nossa em alguns alimentos específicos. Os hábitos alimentares também são distintos. No Brasil, temos o costume de consumir muitos industrializados, muita carne, e, geralmente, as bebidas são bem adocicadas. Aqui, a gente percebe que eles têm um pouco de aversão àquilo que é muito doce ou muito salgado. A carne, eles não sentem aquela obrigação de consumir todos os dias, em todas as refeições. A questão também dos vegetais. Aqui o consumo de vegetais é muito grande. Todas as feiras livres, os supermercados, você vê uma grande quantidade de vegetais, floriosas e uma diversidade muito grande também de grãos. 

A população tem costumes muito diferentes. Na vestimenta, eles têm um tecido que é característico do Timor-Leste: o tais (que é fabricado manualmente). A gente vê que são de um colorido diferente, um tecido bem colorido, bem bonito. 

Uma coisa que me chamou muito atenção, é como eles lidam com a morte. O velório - tive a oportunidade de presenciar um aqui na vila que estou residindo - dura uma semana. Não é igual no Brasil que a gente faz o sepultamento de um dia para o outro ou no mesmo dia. Eles tratam o velório como uma grande festa.  Junta muita gente e vem todas as pessoas da família, gente da cidade, dos municípios próximos e fazem o abate de muitos animais para fazer comida para toda aquela quantidade de pessoas. Se você for convidado para um velório e você não levar uma prenda, ou seja, você não levar um arroz, você não levar um tempero, não levar algo que esteja precisando ali. Isso, para eles, é como se fosse uma grande ofensa. E tem diferentes fases nesse velório, que vai desde de uma festa realmente até o momento onde todo mundo cai no choro. Tem a presença do padre. Timor-Leste é um país extremamente católico. Quase 100% da população é católica. Depois do Vaticano, é o país que tem a maior porcentagem de católicos do mundo. 

Outra questão que me impactou muito é que em muitas casas a gente vê um túmulo na entrada ou no quintal. E é ali que eles sepultam os familiares. Vou ter a oportunidade de ver o que acontece no dia de finados. Me disseram que muitas pessoas têm o hábito de levar comida na visita aos seus entes enterrados nas residências ou no próprio cemitério. Também há cemitério, mas foge a regra, as pessoas costumam ser sepultadas em casa mesmo. E o túmulo é identificado e muito bem cuidado nas residências. Mas eu quero ver se, realmente, no dia de  finados, eles vão para o cemitério, comem junto ao túmulo como escutei as histórias.

Aqui o crocodilo é um animal sagrado. A cidade onde estou morando tem praia e a praia é repleta de crocodilos! É um animal sagrado e a gente escuta, de várias pessoas,  que, se o crocodilo atacar uma pessoa, é porque aquela pessoa não era boa, porque pessoas boas eles não atacam. 

A grande questão é respeitar a cultura, os hábitos, os costumes diferentes dos nossos. E tentar entender, né?! Que tudo é resultado da forma como a gente vive, daquilo que a gente acredita. Então, para mim, está sendo muito interessante conhecer essa cultura tão diferente. E outros pontos de vista.

IFTM: Você está recebendo bolsa ou alguma ajuda de custo pelo projeto?

Heliomar: Sim. Nós recebemos uma bolsa de $1700 (mil e setecentos dólares) por mês. E da qual é descontado um valor de 10% pelo próprio governo timorense. Essa bolsa é paga pelo governo timorense. Então, recebemos em torno de $1530 (mil quinhentos e trinta dólares) por mês. A moeda oficial do país é o dólar americano. E essa ajuda é para custear  nossa alimentação, nossa estadia (hospedagem), nossa mobilidade (transporte), tudo aquilo que for necessário. 

IFTM: E sobre o afastamento de suas funções, como foi possível ficar esse tempo fora do país?

Heliomar: Como eu participei de um edital, o Reitor do IFTM deu ciência da minha participação e após a aprovação, o afastamento legal foi publicado, como portaria, no Diário Oficial da União. Como o afastamento ultrapassou 3 meses, o IFTM teve o direito de fazer a contratação de um professor temporário. Essa contratação foi feita e o professor contratado assumiu as minhas disciplinas. Então, não impactou de forma negativa a condução das atividades acadêmicas junto ao IFTM, uma vez que, legalmente, a instituição teve a oportunidade de fazer essa contratação do professor temporário.

IFTM: Qual seu conselho e dicas para outros servidores (professores e técnicos administrativos) e para nossos estudantes que também tem vontade de participar de projetos/estudos/pesquisas em outro país?

Heliomar: O conselho que eu dou é sempre ficar atento às oportunidades, e ter o objetivo traçado. Eu sempre gostei de trabalhar com outras realidades, diferentes da qual eu estou inserido. Esses projetos que eu já tive a oportunidade de trabalhar, projetos de extensão em diferentes regiões do país, fora do país, -  igual foi o da Colômbia - visitas técnicas, sempre fui movido pela vontade de me desafiar, de colaborar com o próximo e, especialmente, usando a minha força de trabalho, aquilo que que eu lido no meu dia a dia, na minha profissão. 

Então, o conselho que eu dou é a pessoa compreender qual é a sua missão, qual é a sua perspectiva e ficar atento às oportunidades, aos editais. Ficar atento aos perfis, seja nas redes sociais ou nos sites oficiais dos órgãos brasileiros, como Ministério da Educação, Agência Brasileira de Cooperação, CONIF, IFTM e outros. Ficar bem atento às oportunidades e quando elas aparecerem, ver se o seu perfil se encaixa naquilo que é exigido no edital e se inscrever.  Como no meu caso: minha vida profissional e  tudo aquilo que eu já tinha feito, se encaixou perfeitamente, (até pelos objetivos propostos) e para aquele edital, eu me vi apto e com condições de contribuir. E mais do que isso, com muita vontade de ter essa experiência. 

Sou muito grato pela experiência, porque, pra mim, é uma experiência única. Jamais vou esquecer de tudo que eu tenho vivido aqui. Tem sido muito gratificante. E, além de estar junto com os professores, que é o nosso que é o nosso público, que são os nossos parceiros em sala de aula, também tenho contato com alguns estudantes, que estão trabalhando na na condução da horta. E o grande objetivo é esse: motivar os professores a envolver os estudantes nas atividades, para isso ter continuidade depois do nosso retorno. E também ver a simplicidade, a vontade pessoal. Mesmo com tantas dificuldades, sempre com sorriso no rosto, um brilho no olhar. Isso não tem preço, é muito gratificante! 

E o meu melhor conselho é: aventure-se! Sempre que tiver oportunidade, tiver condição, corra atrás e tente participar. Eu acho que tudo que a gente faz para ajudar o próximo, para se desafiar, acho muito positivo e me dá muita motivação.

IFTM: E, por fim, conte nos um pouco da sua trajetória como professor

Heliomar: Olha, a minha trajetória enquanto professor começou - e posso falar dela com muita tranquilidade -  desde criança. A única certeza que eu tinha é que eu gostaria de ser professor. Sempre tive muitas referências, sempre admirei muitos professores e, desde criança, gostava de brincar com um quadro que tinha em casa. Depois fui caminhando, entrei no ensino médio e lá uma forma que eu gostava de estudar era explicando os conteúdos aos outros. Então eu fui me descobrindo com perfil para trabalhar na docência. E quando você vê que está gostando de explicar, de ensinar, de colaborar, de compartilhar algo com alguém e aquela metodologia vai se aprimorando na faculdade, em grupos de estudo, grupos de trabalho, participando das diferentes atividades, você percebe. Eu pedi conselhos aos professores que admirava, busquei orientação e o que eles me sugeriam, me orientava  para que eu pudesse me aprimorar na docência. Então, durante minha graduação, na UFU, tive oportunidade de participar de várias monitorias, estágios e projetos de ensino. Minha vida, enquanto professor, começou em 2010. Comecei como professor de faculdade particular, trabalhando à noite, enquanto eu fazia o mestrado.  Minha rotina era muito intensa. Trabalhava à noite, tinha responsabilidades no mestrado durante o dia. Em 2011 tive o conhecimento de uma vaga para professor temporário no IFTM, no Campus Uberlândia. O professor que lecionava topografia, foi aprovado no concurso da UFU e liberou a vaga. Eu trabalhava com topografia na faculdade particular. Me inscrevi no edital, fui selecionado, entrei como professor temporário. Em 2012 saiu o edital para professor efetivo, no qual eu me inscrevi e fui aprovado também! Em agosto de 2012, tomei posse como professor efetivo no Instituto Federal do Triângulo Mineiro no Campus Uberlândia. E desde então, há mais de 12 anos, venho trabalhando na Rede Federal. 

E só tenho a agradecer a oportunidade. Agradecer pelas pessoas que tive o privilégio de trabalhar, pelos estudantes que estive em sala de aula. Minha trajetória é repleta de muita gratidão, de muita alegria. Eu trabalho com aquilo que eu sempre quis, eu trabalho com aquilo que eu amo. E a única coisa que eu posso falar é que é muito, muito bom trabalhar com aquilo que a gente gosta. Nem parece que é trabalho, a gente não vê o tempo passar. Então, estar em sala de aula, estar com os estudantes, estar nesses projetos, seja de extensão, de ensino, de pesquisa e, nesse caso agora, como formador internacional, é muito bom.  Imagina, você ter o sonho de ser professor e atuar numa formação de professores num país que tá do outro lado do mundo. E ver que tudo aquilo que você trabalha, tudo aquilo que você acredita, tá servindo pra alguém, é muito muito gratificante.

 

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