Udicentro no Conerer

Dança afro-brasileira apresentada por estudantes do Campus Uberlândia Centro celebra força das mulheres pretas e encanta público no Conerer

Com coreografia criada pelo professor Dickson Duarte, espetáculo foi apresentado em dois momentos durante o Congresso e lotou auditório em Paracatu
Publicado em 13/11/2024 11:55 Atualizado em 14/11/2024 08:33
Compartilhe:
Compartilhe:
Espetáculo foi apresentado em duas oportunidades no Conerer 2024, em Paracatu
Espetáculo foi apresentado em duas oportunidades no Conerer 2024, em Paracatu
Crédito: Guilherme Brasil - Jornalista/IFTM Udicentro

A quarta edição do Congresso Nacional de Educação para as Relações Étnico-raciais (Conerer), congresso que reúne estudantes e pesquisadores do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), além de convidados externos no Campus Paracatu, foi palco de uma apresentação impactante que celebrou a força e a resistência das mulheres pretas. O trabalho, intitulado "Eu sou uma, mas não ando só", encenado por alunos do Campus Uberlândia Centro, levou o público a uma viagem emocionante pela história da cultura afro-brasileira.

A coreografia foi desenvolvida no contexto da Unidade Curricular Politécnica Danças Afro-brasileiras e Práticas Decolonialistas, desenvolvida no Campus Uberlândia Centro, e contou com 15 alunos. O espetáculo tem como base discutir a presença das mulheres pretas na sociedade, sua ancestralidade, e como a força dessas mulheres construíram as heranças africanas que ainda são muito que são muito presentes no cotidiano.

O projeto, que se estendeu por quatro meses de ensaios intensivos, chamou atenção pela riqueza estética e pela profunda mensagem de empoderamento. No início do espetáculo, são projetadas fotos de mulheres pretas que tem grande importância histórica e que são relevantes na sociedade atualmente, tais como Marielle Franco, Sueli Carneiro e Conceição Evaristo. A dança é permeada por pequenos trechos de obras da escritora Cristiane Sobral e, além de ser bem coreografada, conta com um figurino que chama bastante atenção do público e uma iluminação teatral que faz parte dos equipamentos do Campus Uberlândia Centro.

“Ter essa recepção tão calorosa, ter esse espetáculo pronto é muito gratificante porque a gente vê que todo nosso trabalho feito desde o começo do segundo trimestre até agora, todos os ensaios, está dando frutos. É muito bom receber o carinho e o elogio das pessoas, pois coroa o trabalho árduo que tivemos para criar o espetáculo”, afirma o estudante Kleberson Lopes Pereira, do 3º ano de Comércio, um dos idealizadores da montagem ao lado do professor Dickson.

O espetáculo foi apresentado em dois momentos do Conerer: primeiro como uma das atividades que finalizou o primeiro dia de eventos, na noite de terça-feira, depois na manhã da quarta-feira (13). Em ambos os momentos com palmas efusivas da plateia.

A diretora do Campus Uberlândia Centro, Lara Kuhn, acompanhou o Conerer em Paracatu, e destacou a importância de que um projeto tão bonito do Campus alcance pessoas de outras unidades do IFTM, assim como de várias partes do Estado. “O Conerer nos brindou com várias atividades maravilhosas, entre palestras, oficias, mesas-redondas. Como diretora, me dá muito orgulho ver que o o espetáculo desenvolvido em nosso Campus tenha sido um dos grandes momentos desse maravilhoso evento. Nossos estudantes, assim como o professor Dickson, estão de parabéns, pois é, de fato, um espetáculo muito emocionante e que traz uma mensagem muito poderosa”, afirma.

Opinião dos presentes

Letícia Damasceno de Oliveira é do 1º ano do curso técnico em Informática e Manutenção Integrado ao Ensino Médio, do Campus Paracatu, esteve na plateia do espetáculo e se encantou com a apresentação. “Eu achei maravilhoso. Ficou muito linda a dança, fiquei muito emocionada, me impressionou muito, foi muito bonito. As falas durante a apresentação e a dança me chamaram bastante a atenção”, afirmou.

Também do Campus Paracatu, Otávio Henrique, do 2º ano do curso técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio também se emocionou com o espetéculo. “Foi muito lindo, trouxe muita emoção. Eles trouxeram o sentido do afro, muita experiência e também conhecimento na dança. Deu para você sentir a clareza do que eles queria passar naquela dança”, finalizou o estudante.

Compartilhe:

Notícias relacionadas