Projeto de Ensino

Festival de Teatro no IFTM Uberaba: Um Palco para as Questões Ambientais

Dividido em três etapas, o projeto envolveu pesquisa temática, escrita e análise das peças e, por fim, apresentações ao público com avaliação de todos os aspectos da produção
Publicado em 18/12/2024 17:20 Atualizado em 18/12/2024 17:50
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A imagem mostra uma bota preta de couro, um objeto cênico, em uma peça de teatro, no centro de um piso de madeira. Dentro da bota, há uma planta verde crescendo, com folhas visíveis saindo da parte superior da bota. O fundo da imagem é uma parede escura com algumas tomadas elétricas visíveis. A imagem é interessante e relevante porque combina elementos contrastantes: um objeto inanimado (a bota) e um ser vivo (a planta), sugerindo uma mensagem sobre crescimento e adaptação em ambientes inesperados.
A imagem mostra uma bota preta de couro, um objeto cênico, em uma peça de teatro, no centro de um piso de madeira. Dentro da bota, há uma planta verde crescendo, com folhas visíveis saindo da parte superior da bota. O fundo da imagem é uma parede escura com algumas tomadas elétricas visíveis. A imagem é interessante e relevante porque combina elementos contrastantes: um objeto inanimado (a bota) e um ser vivo (a planta), sugerindo uma mensagem sobre crescimento e adaptação em ambientes inesperados.
Crédito: Marvile Palis

No dia 14 de dezembro de 2024, o Auditório do IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico foi o cenário de um evento que uniu arte, educação e conscientização ambiental: o Festival de Teatro “O Palco das Questões Ambientais”. Este evento, realizado das 8h às 16h, foi o resultado de um projeto de ensino inovador que buscou, por meio da arte teatral, sensibilizar os alunos sobre os desafios ambientais que o mundo enfrenta.

O Projeto: Uma Imersão no Ensino de Questões Ambientais

O projeto de ensino, coordenado pelo professor Leonardo Vaz Melo, envolveu estudantes dos cursos Técnicos em Meio Ambiente e Química, integrados ao Ensino Médio do IFTM Campus Uberaba, e foi desenvolvido ao longo de várias etapas. Com o objetivo de trabalhar temas relevantes sobre a degradação ambiental, o projeto utilizou o teatro como ferramenta pedagógica, incentivando os alunos a refletirem e se posicionarem sobre questões ambientais de maneira criativa e engajada.

A proposta foi dividida em três etapas. Na primeira, os estudantes realizaram uma pesquisa aprofundada sobre o tema previamente definido para cada grupo. Na segunda fase, com os dados e informações reunidas, as peças foram escritas, analisadas, corrigidas e avaliadas. Na etapa final, as peças foram apresentadas ao público, com todos os aspectos da produção sendo avaliados. “É importante destacar que, com o tema definido, cada grupo teve a liberdade para criar, para imaginar e para ter uma posição diante das situações. Desta forma, todas as peças apresentadas foram criadas pelos próprios estudantes, o que contribui para que eles sejam sujeitos produtores do conhecimento”, destacou o professor Leonardo Vaz, evidenciando o impacto pedagógico do projeto.

12 Peças, 12 Reflexões Ambientais

O festival contou com 12 peças teatrais, que abordaram uma variedade de questões relacionadas à degradação ambiental, como a ocupação desordenada do solo, o crescimento descontrolado de cidades, e os impactos sociais, políticos, econômicos e culturais dessas práticas. Cada apresentação trouxe à tona uma reflexão urgente sobre o cenário ambiental atual, estimulando o público a repensar suas ações e a maneira como interagem com o meio ambiente.

As apresentações ocorreram no Auditório do IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico, localizado no Parque das Barrigudas, e foram avaliadas por um júri composto por figuras de destaque na área cultural e educacional, incluindo Aldo Luis Pedrosa da Silva, José Carlos dos Santos, Marcela Rodrigues de Freitas, Mário Luiz da Costa Assunção Júnior, Marvile Palis Costa Oliveira, Mauro Barbosa Junior e Neide Paula da Silveira. Além de assistir às apresentações, o júri teve o papel de avaliar diversos aspectos das peças, como roteiro, atuação, direção e efeitos visuais.

Desenvolvimento Pessoal e Aprendizado Coletivo

O projeto também teve um impacto significativo no desenvolvimento pessoal dos estudantes. O processo de criação das peças exigiu dedicação, esforço em grupo e o enfrentamento de desafios relacionados à timidez e à insegurança, habilidades essenciais tanto no ambiente acadêmico quanto profissional. “Estamos falando de pessoas que estão lidando com o rompimento com a timidez e se aventurando a explorar os elementos artísticos em suas mais variadas formas. Além de aprender a trabalhar em grupo, respeitar a opinião do próximo, tomar decisões, acatar novas ideias, refazer tarefas e melhorar outras, avaliar o que deu certo e o que não deu, lidar com conflitos! São muitas aprendizagens!”, completou o professor Leonardo Vaz, ressaltando o crescimento integral dos alunos envolvidos.

Premiação: Reconhecimento ao Esforço e Talento

A premiação do festival aconteceu no dia 17 de dezembro de 2024, no Auditório Padre Agostinho Zago, no IFTM Campus Uberaba. A cerimônia reconheceu o talento, empenho e criatividade dos estudantes-artistas em diversas categorias. Confira os premiados:

  • Atriz Principal: Beatriz Gomes Teixeira
  • Atriz Coadjuvante: Letícia Moreira Cardoso
  • Atriz Revelação: Thaynara Rodrigues Dias
  • Ator Principal: Carlos Henrique de Carvalho
  • Ator Coadjuvante: Renzo Matheus dos Santos
  • Ator Revelação: Moisés Cordeiro Rocha
  • Destaque: Sofia Bianchi Sotero Mendonça
  • Troféu Abacaxi: Para o sofá que atrapalhou a entrada das personagens na peça Novos Caminhos
  • Melhor Roteiro: A coisa no subsolo
  • Melhor Cenário: Alice no país do consumismo
  • Melhor Figurino: Alice no país do consumismo
  • Melhor Uso da Música: Rio 2
  • Melhor Direção: Rio 2
  • Melhor Efeitos Visuais: Novos caminhos
  • Melhor Iluminação: O preço do Progre$$o
  • Melhor Making of: Rio 2

A escolha dos premiados envolveu não só a qualidade da produção, mas também a capacidade de cada grupo de trabalhar em conjunto, mostrando a importância do aprendizado coletivo na construção do conhecimento e na apresentação artística.

Reflexão Final: O Poder Transformador da Educação

O Festival de Teatro “O Palco das Questões Ambientais” foi um exemplo claro de como a educação pode ser transformadora quando integra conhecimentos acadêmicos com práticas culturais e artísticas. Ao abordar a degradação ambiental de forma criativa, os estudantes não só aprofundaram seu entendimento sobre o tema, mas também desenvolveram habilidades importantes para sua formação pessoal e profissional.

Este projeto é um reflexo de como as instituições de ensino podem usar diferentes ferramentas pedagógicas para formar cidadãos mais críticos e conscientes, capazes de contribuir para a construção de um futuro mais sustentável. O sucesso do festival é a prova de que, quando a educação se alia à arte, os resultados podem ser verdadeiramente impactantes e transformadores.

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