Pausa que cura: estudantes do curso de Bacharelado em Administração vivenciam momento de descompressão e autocuidado no IFTM Campus Uberaba
Crédito: Luna Marquez Ferolla
Com o intuito de promover bem-estar e estimular a reflexão sobre a importância do autocuidado na formação de futuros gestores, os estudantes do 5º e 7º períodos do Bacharelado em Administração do IFTM Campus Uberaba participaram, no dia 14 de abril, de uma atividade especial de descompressão. Conduzida pela professora Luna Marquez Ferolla, a iniciativa foi realizada no espaço do projeto Yoga no Campus, durante o turno noturno.
A proposta surgiu da percepção da docente sobre o aumento dos níveis de estresse entre os alunos e o impacto disso na saúde mental. "A descompressão já é uma necessidade reconhecida pelas empresas que se preocupam com o bem-estar de seus colaboradores. Cresce a compreensão de que não basta ter espaços destinados para isso, se não há uma cultura de valorização da saúde mental e do autocuidado", destacou a professora. Para ela, além de ensinar técnicas, é preciso formar profissionais que valorizem a humanidade nos processos organizacionais.
Inspirada em práticas adotadas na gestão de pessoas, a atividade proporcionou aos estudantes uma experiência coletiva guiada, que envolveu yoga, meditação, mindfulness, comunicação não violenta e psicologia positiva. Também foram utilizados elementos sensoriais e materiais que favorecem o relaxamento e o conforto. O momento permitiu não apenas o descanso físico, mas um mergulho interior – uma pausa para respirar, escutar e se reconectar consigo mesmo.
Mais do que um momento de relaxamento, a atividade também teve caráter formativo. Luna Ferolla abordou conceitos como qualidade de vida no trabalho, saúde mental, inteligência emocional, motivação, gestão de competências e desempenho. Tudo isso com o objetivo de sensibilizar os estudantes sobre a importância de gestores que promovam ambientes organizacionais mais humanos, saudáveis e sustentáveis.
A experiência marcou profundamente os participantes. Para o estudante Túlio Oliveira Silva, a aula teve impacto além do conteúdo acadêmico. “Como aluno do curso de Administração, essa experiência foi essencial para entender a importância de desacelerar, refletir e aplicar esse cuidado conosco no nosso dia a dia e, futuramente, enquanto gestores. Foi uma aula que vai muito além do conteúdo técnico: foi humana, necessária e inspiradora. Saio dessa aula com um olhar de que a vida presta, sim. Agradeço Luna por esse momento”, compartilhou.
Já Leidiane Izanfar de Oliveira Teixeira relatou que seu corpo já dava sinais de que algo não estava bem, mas que ela não conseguia ouvir esses alertas. Disse que não se cuidava nem se amava como merecia. Agradeceu à professora por enxergar além da sala de aula e do conteúdo, e afirmou que, se mais docentes tivessem esse olhar sensível, a educação seria um espaço de cura, e não de exaustão — um refúgio, e não uma fonte de pressão. Manifestou sua gratidão de forma profunda e emocionada.
“O descanso era um pedido silencioso que eu ignorava — até agora. Gratidão profunda por nos guiar nesse reencontro com nós mesmos. Por nos ajudar a soltar pesos que, muitas vezes, nem sabíamos que carregávamos. Saí daquela experiência renovada, acolhida e, acima de tudo, me amando. Se mais professores tivessem esse olhar, a educação seria um lugar de cura, e não de cansaço”, disse emocionada.
Com sensibilidade e escuta ativa, a professora Luna finalizou a atividade com a esperança de ter plantado sementes: “Espero estar contribuindo para a formação de gestores que coloquem a humanidade acima das técnicas. Mas mais que tudo, espero ter oportunizado a descompressão necessária a todos que estiveram. Que cada um tenha saído um pouquinho melhor do que chegou. E que o bem-estar proporcionado se expanda a partir de nós”, finalizou.
A iniciativa se soma a outras práticas do Campus Uberaba que valorizam uma formação mais sensível e conectada às reais necessidades dos estudantes. Ao incluir o bem-estar físico e emocional como parte do processo formativo, a instituição reafirma seu olhar atento para além do conteúdo técnico. Afinal, cultivar a saúde mental é também preparar profissionais mais conscientes, humanos e preparados para transformar os ambientes onde irão atuar.