Diálogo e empatia marcam oficina de Comunicação Não Violenta com estudantes do curso Técnico em Administração do IFTM Campus Uberaba
Crédito: Antenor Roberto Pedroso da Silva
A vivência de um ambiente acolhedor, reflexivo e de escuta marcou a Oficina de Comunicação Não Violenta (CNV), realizada no dia 10 de maio de 2025 no refeitório do IFTM Campus Uberaba. A atividade foi voltada aos estudantes do curso Técnico em Administração integrado ao Ensino Médio e integrou o planejamento pedagógico dos sábados letivos.
A CNV é uma abordagem desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg e propõe um modo de se comunicar baseado na empatia, no respeito mútuo e na escuta ativa. Seu objetivo é transformar padrões de linguagem que reforçam a violência em práticas comunicativas que favoreçam a conexão humana, a compreensão das necessidades e a resolução pacífica de conflitos.
Ministrada pela professora Daniela Beatriz Lima Silva Viana, com apoio dos professores Fabiana Martins Batista, Luna Marquez Ferolla, Luciano Tiago Bernardo e Mauro Júnio Prado, a oficina teve como objetivo despertar a consciência sobre formas sutis de violência nas relações cotidianas e estimular uma comunicação mais empática. Os participantes refletiram sobre experiências pessoais e praticaram os quatro passos da CNV: observar sem julgar, reconhecer sentimentos, identificar necessidades e fazer pedidos claros.
De acordo com a professora Daniela Viana, a oficina ofereceu um momento de pausa e reconexão. "A oficina foi um momento importante de autoestudo. Um momento de parar e olhar para as próprias ações, olhar em quais momentos as pessoas têm sido violentas conosco na fala e nas ações e em quais momentos a gente também tem sido violento com as pessoas. Às vezes são momentos sutis, mas é importante tentarmos detectar o porquê dessa violência, investigar o que está por trás da ação violenta. Especialmente nesse momento que estamos vivendo, depois dessa tragédia acontecida aqui em Uberaba, dentro de uma escola, é possível perceber como a adolescência está adoecida, de forma velada."
A professora ressaltou que era preciso recriar as conexões que haviam sido perdidas e destacou que a Comunicação Não Violenta contribui para isso, ao estimular um novo olhar para as relações interpessoais. Segundo ela, a proposta da oficina foi reconectar os participantes a partir de um outro lugar, distante da dependência e da violência. Daniela observou que as turmas participaram de forma muito ativa, demonstrando empenho em refletir sobre o tema. Ao final, ela percebeu que muitos estudantes deixaram o encontro mais leves, tranquilos e em paz — sentimento relatado por eles próprios, o que, para ela, tornou aquele momento especialmente valioso.
A estudante Traycy Sthefany Andrade Lima, do 3º ano do curso Técnico em Administração, participante da oficina, relatou: “Eu gostei da oficina. Ela me instigou a ter pensamentos sobre coisas que eu fazia e que ouvia e percebi que não eram padrões meus. Percebi uma forma de entender como lidar com as pessoas, que me trouxe uma perspectiva muito boa”.
O coordenador do curso, professor Antenor Roberto Pedroso da Silva, afirmou: “A oficina de Comunicação Não Violenta é fundamental para fortalecer o diálogo respeitoso entre nossos estudantes, promovendo um ambiente mais empático e colaborativo. Essa vivência contribui diretamente para a formação humana e profissional dos jovens".
A oficina integrou-se às ações formativas do campus, reforçando o compromisso da instituição com a promoção de um ambiente escolar mais consciente, colaborativo e voltado ao desenvolvimento integral dos estudantes.