Semeando a inclusão no IFTM: novos projetos de ensino para fortalecer a diversidade
Crédito: Eduardo Nunes - IFTM Campus Patos de Minas
As inscrições para seleção de projetos de ensino com temáticas relacionadas aos núcleos de ações inclusivas do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM): Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e Núcleo de Estudos de Diversidade de Sexualidade e Gênero (NEDSEG) seguem abertas até o dia 21 de maio e para falar sobre a importância desses projetos para a comunidade acadêmica, a Coordenação de Ações Inclusivas e de Diversidade (CAID) nos apresenta alguns dados de 2024.
No ano passado foram realizados 13 projetos de ensino com fomento e 6 sem fomento, relacionados às temáticas dos núcleos de ações inclusivas. Um deles, Fabricação de equipamentos de topografia em impressora 3D para ensino de aluno com deficiência visual, do IFTM Campus Patos de Minas , coordenado pelo professor Eduardo Nunes, produziu equipamentos topográficos (teodolito e mira estadimétrica) em impressora 3D de forma a proporcionar a um dos estudantes cegos do campus um melhor entendimento quanto aos processos trabalhados durante as práticas da disciplina de Topografia.
Outro exemplo de projeto de ensino dentro das temáticas dos núcleos é o Palco IFTemático, do IFTM Campus Avançado Campina Verde , coordenado pela servidora Antônia Costa Ramos, cujo objetivo é contribuir para a reflexão crítica sobre temas relacionados à inclusão, utilizando a arte como alternativa para abordar os temas de inclusão de pessoas com deficiência, educação para as relações étnico-raciais e diversidade sexual e de gênero. O grupo de teatro é a principal atividade do projeto, mas os participantes também desenvolvem outras atividades artísticas, como a pintura.
Alunos com necessidades específicas matriculados
No ano de 2024, foram atendidos 376 estudantes com deficiência e/ou necessidades específicas. Segundo Marina Vallim, coordenadora do CAID, os números deste ano, que ainda estão em contagem, já superam muito os do ano anterior, o que indica um crescimento exponencial das demandas. “Até o momento, estamos com 557 estudantes matriculados e, possivelmente, muitos outros a serem ainda ‘identificados’. Temos estimativas de que teremos aproximadamente 700 alunos deste público em 2025”, completa.
A coordenadora explica que, devido ao calendário diferenciado em alguns campi, por conta da greve, ainda não conseguiram fechar o número exato. Mas a planilha está sendo atualizada e em breve terão a quantidade final de estudantes com alguma necessidade específica.
Impacto dos projetos de ensino
Segundo Marina é difícil mensurar todas as nuances das
repercussões causadas pelos projetos e ações ligadas à inclusão
socioeducacional, porque se trata de novas possibilidades, onde se
pode vislumbrar caminhos, pertencer a espaços, dialogar, criar e
recriar experiências de abertura, propor e trabalhar conexões
frente às diferenças humanas. “Estamos sempre buscando uma
ampliação das capacidades de aproveitamento do processo
ensino-aprendizagem, mas também da qualidade de vida, da
sociabilidade, do protagonismo social e da acessibilidade em suas
múltiplas dimensões”.
“É muito satisfatório observar, na prática, a comunidade
aperfeiçoando suas habilidades de acolhimento, ao mesmo tempo em
que as vidas das pessoas com deficiência e/ou necessidades
específicas, bem como de seus familiares, são positivamente
afetadas”, relatou a coordenadora.
Marina está confiante que este ano também será produtivo na atuação dos núcleos. “Em 2024, tivemos excelentes projetos submetidos pelos núcleos. E com a abertura da seleção de projetos de ensino do Edital 01/2025, com temáticas direcionadas ao NAPNE, NEABI e NEDSEG, acreditamos que surgirá um número significativo de propostas, considerando os trabalhos belíssimos já realizados, e por realizar, pelos núcleos nos campi”.
A coordenadora conta que o CAID e a Pró-Reitoria de Ensino (Proen) têm comprovado o potencial dos projetos por meio de visitas que estão fazendo aos campi. E reforça que a CAID e a Proen estão em constante planejamento de atividades de capacitação com o objetivo de fortalecer cada vez mais a inclusão no âmbito do IFTM.
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