PPGET

Sistema desenvolvido por doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do IFTM Campus Uberaba é registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Ferramenta contribui para maior transparência e padronização na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar
Publicado em 05/08/2025 11:01 Atualizado em 05/08/2025 11:15
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A imagem mostra A imagem mostra uma pessoa de frente a um notebook, apoiado sobre uma mesa de madeira com uma caneca ao lado. Na tela, é exibido o Módulo PNAE. A interface do sistema mostra abas de navegação, dados numéricos e menus relacionados ao planejamento e à execução do programa. A pessoa interage com o sistema enquanto, ao fundo, é possível observar parte de um ambiente interno com mobília discreta
A imagem mostra A imagem mostra uma pessoa de frente a um notebook, apoiado sobre uma mesa de madeira com uma caneca ao lado. Na tela, é exibido o Módulo PNAE. A interface do sistema mostra abas de navegação, dados numéricos e menus relacionados ao planejamento e à execução do programa. A pessoa interage com o sistema enquanto, ao fundo, é possível observar parte de um ambiente interno com mobília discreta
Crédito: Divulgação

Pesquisa desenvolvida no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica (PPGET) do IFTM Campus Uberaba resultou no registro oficial de uma ferramenta inovadora junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O sistema foi idealizado por Adriano Elias, servidor técnico-administrativo que atua como Administrador na Pró-Reitoria de Extensão do IFTM, sob orientação do professor Geraldo Gonçalves de Lima.

O estudo que embasou a criação da ferramenta tem como título "O Programa Nacional de Alimentação Escolar no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM): o contexto da prática das nutricionistas entre 2014 e 2022". Vinculada à linha de pesquisa "Gestão das organizações e políticas para a educação tecnológica e profissional", a pesquisa se destaca por ter sido a primeira qualificação da turma inaugural do doutorado no programa.

Voltado à gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar, o sistema organiza e padroniza informações sobre o uso dos recursos financeiros e físicos destinados ao programa no IFTM. Com níveis de acesso específicos para diferentes perfis de usuários, a plataforma permite o acompanhamento desde os dados orçamentários até a prestação de contas, incluindo indicadores como refeições servidas, número de estudantes atendidos e ações executadas.

Entre as funcionalidades, estão o controle da execução orçamentária e financeira, o registro de atividades, a geração de relatórios institucionais e a inserção de documentos. O sistema também possibilita o envio de notificações, a gestão de agendas e publicações, além da integração com a página oficial do programa no portal institucional.

A construção do sistema envolveu profissionais que atuavam na gestão do programa à época. Fizeram parte da equipe autores do projeto, membros da Comissão Multicampi para Execução do Programa e integrantes da equipe de desenvolvimento, além do orientador da pesquisa. Entre eles estão Ana Paula Cury da Silva, Carlos Eduardo de Melo Rodovalho, Eduardo de Oliveira Araújo, Ruy de Aguiar Araújo Júnior, Flávio Caldeira Silva, Carlos Alberto Alves de Oliveira, Flávia Corrêa da Costa, Luciana Araujo Valle de Resende, Janayna Flávio Barbosa, Cláudia Helena Rezende Lemes, Larissa Vieira de Melo, Luziane Moreira dos Santos, Trícia Beatriz Roza de Oliveira e Alyne Araújo Santos.

Ao comentar sobre o processo de criação e o registro do sistema, Adriano Elias afirmou: “A construção do módulo PNAE foi resultado da intersecção de dois mundos em que atuo: o profissional e o acadêmico.” Segundo ele, o trabalho foi coletivo, envolvendo servidores que atuam ou atuaram junto à execução do programa nos campi do IFTM, e foi norteado pelos conhecimentos adquiridos no doutorado, com a orientação do professor Geraldo Gonçalves de Lima.

Ele também destacou que todo o processo representou uma aplicação prática do conhecimento ao mundo do trabalho, voltada para as demandas institucionais. “É importante ressaltar que não haveria módulo sem a colaboração total dos usuários a que ele se destina”, completou. Para o pesquisador, a ferramenta vai além do cumprimento de exigências administrativas. “Ela oferece às nutricionistas mais tempo para desenvolver ações educativas e nutricionais com os estudantes”, afirmou.

A nutricionista Larissa Vieira de Melo, do Campus Patrocínio, afirmou: “Espero que o novo módulo facilite o registro e o acompanhamento das ações no Campus Patrocínio, trazendo mais organização e padronização nas informações. Acredito que a ferramenta possa tornar os processos mais claros e acessíveis para todos os envolvidos.”

Ela destacou ainda que o sistema contribui para centralizar os dados e possibilita o acompanhamento detalhado da execução física e orçamentária. “A elaboração direta do relatório de execução anual é uma funcionalidade muito útil por estar diretamente ligada aos lançamentos da execução física e ao planejamento, fazendo com que o relatório seja editado durante todo o ano para depois ser finalizado.” Para Larissa, “o envio de notificações pode ajudar na comunicação entre os setores e no controle das etapas do programa, garantindo mais transparência e eficiência.”

A nutricionista Flávia Corrêa da Costa, do Campus Paracatu, também compartilhou suas impressões. “Minhas expectativas em relação ao novo módulo são positivas. Acredito que ele trará mais organização, agilidade e padronização no registro das informações, além de facilitar o acompanhamento das etapas do programa em tempo real.”

Flávia reforçou a relevância da ferramenta para o fortalecimento da gestão: “O sistema pode contribuir de forma significativa, permitindo maior transparência, melhor controle das ações e mais facilidade na prestação de contas.” Segundo ela, o histórico construído com o uso da plataforma pode ser útil tanto no planejamento quanto na avaliação das ações, promovendo mais efetividade e qualidade na alimentação escolar.

O professor Geraldo Gonçalves de Lima, orientador da pesquisa, avaliou que o registro é um reconhecimento formal da originalidade e do ineditismo da solução criada. “Mais do que um mero trâmite burocrático, ele confere segurança jurídica à propriedade intelectual, protegendo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado.”

Segundo ele, essa validação externa é relevante por diversos motivos: atesta que se trata de uma solução concreta e replicável na administração pública, gera credibilidade e incentiva sua adoção por gestores e instituições. O docente argumenta ainda que o reconhecimento amplia o potencial de disseminação do sistema e simboliza o valor das pesquisas aplicadas desenvolvidas na pós-graduação, capazes de gerar impacto direto na sociedade.

Ao refletir sobre o papel da formação acadêmica, Geraldo afirmou que experiências como essa reforçam a importância da articulação entre teoria e prática. “Projetos como esse demonstram como a pesquisa pode ultrapassar os muros da instituição de ensino superior e se materializar em ferramentas que otimizam processos e melhoram a gestão pública.”

Ele defendeu também o incentivo à pesquisa aplicada, por sua contribuição à produção científica, ao desenvolvimento social e econômico. Concluiu que a proposta registrada é exemplo de como a sinergia entre conhecimento acadêmico, inovação e proteção legal pode gerar resultados concretos e duradouros na administração pública.

 

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