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Ituiutaba se despede do JIF 2025 com emoção, sucesso e protagonismo estudantil

Após 5 dias de competição, o IFTM Campus Ituiutaba encerra edição histórica dos jogos, marcada pela superação dos atletas, vibração da torcida e um legado de união e cidadania
Publicado em 09/07/2025 11:30 Atualizado em 09/07/2025 20:40
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Fotografia colorida da comemoração de uma vitória de uma das equipes de futsal no JIF IFTM 2025
Fotografia colorida da comemoração de uma vitória de uma das equipes de futsal no JIF IFTM 2025
Crédito: Munis Pedro

O apito final soou, as últimas medalhas foram entregues e o sentimento que paira em Ituiutaba é uma mistura de dever cumprido, alegria e a nostalgia que marca o fim de um ciclo. Entre os dias 30 de junho e 4 de julho, a cidade foi o coração do esporte no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), sediando com sucesso a etapa institucional dos Jogos dos Institutos Federais (JIF) 2025. O evento cerca de 600 atletas dos nove campi, que transformaram quadras, campos e piscinas em palcos de emoção e talento.

Para a comissão organizadora, o evento foi a materialização de meses de planejamento e dedicação. Jacson Hudson Inácio Ferreira, diretor-geral do IFTM Campus Ituiutaba, descreveu a jornada como um "enorme desafio" abraçado com entusiasmo. "A gente sabia da complexidade de organizar um evento com 600 atletas de nove delegações, envolvendo toda a parte esportiva, hotéis e alimentação. Nós nos empenhamos bastante para que pudesse acontecer da melhor forma possível e, modéstia à parte, acredito que tenha sido um sucesso", afirmou o diretor.

O maior obstáculo, segundo Jacson, foi a logística. "Acredito que o maior desafio seja realmente a convivência entre as diferentes modalidades e espaços. É preciso ter uma estrutura de pessoal e de materiais para que a gente possa oferecer o melhor", explicou. Ao final, a sensação é de profunda satisfação. Com a voz embargada, ele resumiu o sentimento da equipe: "A sensação agora é de dever cumprido. É muito bom."

O coração dos jogos: a garra dos atletas e a força da torcida

Se a organização é o cérebro dos Jogos, os atletas são, sem dúvida, o coração. Um exemplo desse espírito é Laura Pires Menezes, estudante do terceiro ano do curso Técnico em Eletrotécnica e atleta do time de handebol feminino do IFTM Campus Ituiutaba, que se consagrou tricampeão na modalidade. Para ela, a vitória é resultado de muita superação.

"É uma coisa muito louca, porque a gente passa por seletivas com uma pressão muito grande. Mesmo assim, a gente batalhou muito, treinou, e a ajuda da nossa treinadora foi essencial", conta Laura. A atleta destaca o aprendizado que vai além das medalhas. "O handebol, por ser um esporte em equipe, ensina a gente a confiar em quem está do seu lado e a ter muito respeito com o próximo. Tudo que acontece dentro de quadra, fica dentro da quadra".

A força da torcida local também foi um fator decisivo, como destacou o diretor Jacson. "Acho que a torcida faz a diferença. O Campus Ituiutaba conseguiu alguns resultados que antes não tinha conseguido". Laura confirma a importância de manter o foco em meio ao barulho. "Dentro de quadra, quando a gente concentra no jogo, a gente não escuta nada. Nossa treinadora nos orientou a focar só na quadra e nas nossas companheiras. Isso funcionou muito", revela a tricampeã.

Bastidores e conquistas: a visão da equipe técnica

Nos bastidores, professores e técnicos viveram cada lance com a mesma intensidade. Teresa Ontañón Barragán, professora de Educação Física do campus anfitrião, descreveu a experiência como "muito trabalho, mas também muita emoção".

Ela comemora o desempenho da delegação da casa. "Nosso time se saiu muito bem. Destacamos no handebol, com ouro para as meninas e prata para os meninos. Também conseguimos medalhas na natação, dois ouros no atletismo e o ouro no tênis de mesa feminino. Acredito que foi um bom resultado", celebrou a professora.

Mais que jogo: símbolos de identidade e legado

O JIF 2025 em Ituiutaba também foi marcado por símbolos que reforçam a identidade local e o espírito dos jogos. Um deles foi a mascote Juca, a Arara-Canindé, escolhido para representar a fauna da região. "Desde o início eu falava que a mascote deveria ser a Arara-Canindé. O Juca representou com muita identidade a nossa cidade", disse Jacson Ferreira.

Outra tradição, vinda diretamente das atletas, foram os penteados e maquiagens, que coloriram as competições. "Ah, mas esse negócio de penteado já é tradição, né? Tem que ficar bonito para a foto!", brincou a atleta Laura Pires.

Para o diretor Jacson, no entanto, o maior legado é intangível. "A melhor parte, sem dúvida, foram os valores que agregam para a formação dos nossos estudantes. O esporte, a cidadania...eu vejo isso como ex-atleta, como uma parte da formação de quem eu sou hoje", concluiu.

Com o fim da edição de Ituiutaba, a chama dos JIF agora passa para o IFTM Campus Patos de Minas, que sediará o evento em 2026. A professora Teresa deixa um recado de união e apoio: "Para a equipe de Patos, deixo o recado de que nós de Ituiutaba estaremos ali para ajudar no que for necessário. Quem passa por uma experiência de sediar os jogos, já sabe da dificuldade, então podem contar conosco."

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