Eventos Institucionais

Relações Étnico-Raciais e Diversidade na Educação foram profundamente debatidas no V Conerer

Evento reúne acadêmicos, profissionais da educação e estudantes em discussões sobre equidade, ancestralidade e políticas públicas
Publicado em 27/11/2025 12:30 Atualizado em 27/11/2025 16:31
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Imagem retangular de fundo branco. Ao centro o texto;
Imagem retangular de fundo branco. Ao centro o texto; "5º CONERER - Congresso Nacional de Estudos das Relações Étnico-Raciais
Crédito: Danilo Almeida - Diretoria de Comunicação Social e Eventos do IFTM

No dia 26 de novembro, o V Congresso de Estudos Étnico-Raciais (Conerer) encerrou sua programação, reafirmando-se como um espaço para a reflexão e o aprofundamento em temáticas fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Com uma programação rica em comunicações orais, o evento abordou desde a educação e políticas públicas para as relações étnico-raciais até o feminismo negro, passando pela cultura afro-brasileira e as questões indígenas.

Os trabalhos apresentados foram distribuídos em sete Grupos de Trabalho (GTs), que cobriram uma vasta gama de assuntos, abordando as seguintes temáticas: "Educação e políticas públicas para as relações étnico-raciais"; "Povos Indígenas: políticas educacionais e sociais e Educação Escolar Indígena Bilíngue e Intercultural"; "Feminismo Negro e Interseccionalidade"; "Cultura e religiosidade afro-brasileira: visibilidade e enfrentamento ao preconceito"; "Cotas e Comissões de Heteroidentificação"; "Arte, memória e ancestralidade"; e "Povos e comunidades tradicionais de matriz africana: territorialidade, identidade, saberes e práticas educacionais quilombola".

"O V CONERER demonstrou grande relevância nacional, atraindo um volume expressivo de contribuições. Por meio do Edital N° 1/2025/DG-PTM do Campus Patos de Minas, foram inscritos 108 trabalhos, com 88 deles homologados para apresentação. Recebemos propostas de pesquisa e trabalhos de todas as regiões do país, sublinhando o impacto e o interesse que o congresso despertou em âmbito nacional.", ressaltou Márcia Xavier, coordenadora do evento.

Maria Marques, Técnica Administrativa em Educação (TAE) do IFTM Campus Uberlândia, expressou seu entusiasmo com as apresentações do GT1: "A sequência de apresentações no GT1 foi uma aula de cidadania e reparação histórica. Fiquei impactada com a profundidade teórica dos trabalhos e a desenvoltura dos apresentadores que contou com alunos do ensino médio, superior e profissionais da educação", afirmou Marques. Ela destacou a relevância de apresentar o projeto de extensão "Educação Em Direitos Humanos: Enfrentamento Da Violência, Bullying E Discriminação Para Promover Escolas Seguras, Inclusivas E Antirracistas", em parceria com a bolsista Thainara. "Isso contribuiu para a urgência da discussão e das ações do 'chão da escola', trazendo a educação antirracista do campo teórico e ampliando as ações extensionistas para a comunidade escolar e sua lida cotidiana", completou.

A professora Gyzely Suely Lima, do IFTM Campus Uberlândia Centro, que atua como integrante do comitê científico e coordenadora de GT em algumas edições do evento, ressaltou a importância do Conerer para a formação de novos pesquisadores. "Como orientadora de projetos de pesquisa, tivemos a oportunidade de socializar nossos estudos em duas temáticas, foram cinco trabalhos desenvolvidos por estudantes do ensino médio que ficaram com os olhos brilhando ao participar das apresentações de comunicação oral", disse a professora. Ela enfatizou a necessidade de paixão e dedicação para o aprofundamento na construção de conhecimento, especialmente em temas como cultura indígena e feminismo negro.

As apresentações convergem para reforçar a ideia de que o Conerer é mais do que um congresso acadêmico – é um ponto de encontro e fortalecimento de redes de pesquisa e ativismo. Lima concluiu, descrevendo o Conerer como um "espaço indispensável para os encontros de pares acadêmicos. Aquilombamento necessário e urgente!".

O evento reforça a importância de se manter o diálogo aberto e a pesquisa ativa sobre as relações étnico-raciais, promovendo a troca de experiências e o desenvolvimento de novas estratégias para enfrentar desafios sociais históricos.


 

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