Pioneirismo e representatividade: IFTM é destaque na 1ª Maratona de Programação Feminina de Minas Gerais
Crédito: Divulgação/ Maratona Minas de Minas
O Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) foi destaque da 1ª Maratona de Programação Minas de Minas, realizada no último sábado (4) no campus da Universidade de Uberaba (Uniube). A competição, realizada exclusivamente com mulheres e pessoas não binárias, é a primeira maratona feminina estadual e a primeira meia maratona de programação do Brasil. A iniciativa foi organizada pelo IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico em parceria com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e a Uniube.
A Minas de Minas, primeira maratona feminina estadual do Brasil e também a primeira meia maratona de programação do país, contou com mais de 110 competidores em suas duas categorias: a maratona, com 4h de duração, feita com alunos de Instituições de Ensino Superior (IES); e a meia maratona, que teve 2h e contou com a participação de estudantes do Ensino Médio. O desafio era resolver o maior número de problemas de programação no menor tempo possível.
Força institucional e ouro no pódio
O IFTM marcou presença com a maior delegação institucional do evento, totalizando 16 equipes dos campi Uberaba Parque Tecnológico, Campina Verde, Ituiutaba e Patrocínio. E os resultados foram notáveis:
Maratona principal em dupla: as estudantes Natália e Natália (equipe N e N) do Campus Patrocínio, orientadas pela professora Danielli Araújo, conquistaram medalha de ouro e o troféu de campeãs.
Meia maratona: as alunas Laís e Saori do Campus Uberaba Parque Tecnológico, sob a orientação da professora Daniela Orbolato, também garantiram o 1º lugar em sua categoria.
Categoria solo: uma estudante egressa do Campus Uberlândia Centro, atualmente na UFU, conquistou ouro competindo sozinha contra equipes.
Destaque na base: O Campus Campina Verde, com quatro equipes na Meia Maratona, alcançou o 2º e 4º lugares, um resultado impressionante para alunas do primeiro ano do Ensino Médio que iniciaram na programação há apenas seis meses.
Um espaço de acolhimento e empoderamento
Mais do que uma competição, a Minas de Minas promoveu um espaço acolhedor e inclusivo na área da computação. Crishna Irion, organizadora e uma das idealizadoras da maratona, destacou o objetivo do evento: “o primeiro lugar é estimular que as meninas tenham um lugar de fala, que elas tenham um lugar seguro, que elas possam participar de um evento de programação e que possam se preparar para ir tanto para um outro nível de maratona, quanto para o mercado de trabalho também. Porque o processo de se preparar para uma maratona prepara na lógica, na otimização de processos, na resolução de problemas e isso estimula o potencial delas dentro da computação. ”
A atmosfera vibrante também foi o ponto principal para Daniela Orbolato, professora do IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico e uma das responsáveis pelo evento em Uberaba. “Eu poderia falar do empoderamento, da inclusão, da importância de termos mais diversidade na tecnologia, mas o que mais se destacou para mim foi a atmosfera. Havia uma energia diferente, vibrante, fraterna entre as participantes. Algo como 'eu me reconheço em você' em cada olhar, ” descreveu a professora.
Visão das campeãs e da representatividade
Para as estudantes, o evento foi uma experiência de validação e alto nível. Natália Salete Rodrigues, campeã da categoria de dupla pelo Campus Patrocínio, que já participou de diversas maratonas, reconheceu a diferença: “só de meninas é a primeira. Eu acho que o nível dos desafios foram os mesmos”. Ela também ressaltou a importância da preparação: “no IFTM a gente tem preparação de cursinhos e códigos mesmo, os professores incentivam bastante. ”
Danielli Araújo Lima, professora do Campus Patrocínio, celebrou a representatividade. “Neste tipo de evento, as meninas se sentem mais representadas e têm um engajamento bem maior também. Eu acho que elas se sentem mais pertencentes, porque elas veem a quantidade que elas são e o que elas podem representar para a área de tecnologia”, ressaltou a professora.
A representatividade do IFTM, segundo Danielli, é “extremamente importante, porque mostra a força dos Institutos Federais e também da área de tecnologia, que está em alta no nosso país e que precisa de muitas mulheres para que os algoritmos não sejam enviesados na perspectiva apenas masculina. ”
Mesmo para as novatas, a experiência foi transformadora. Ana Clara Freitas Moura, estudante do primeiro ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Campus de Campina Verde, destacou que o evento “vai agregar muitas coisas, muitos ensinamentos, além da oportunidade. Não se trata só de vencer, mas sim da convivência que a gente tem com pessoas de outras escolas, de outros campi, da oportunidade em si. ”
O sucesso da 1ª Maratona de Programação Minas de Minas reforça a vocação do IFTM em fomentar a excelência técnica e a diversidade, preparando uma nova geração de profissionais de tecnologia. E, mais do que uma competição, a maratona foi além da inclusão e da diversidade na área da computação, promovendo um espaço acolhedor, diverso e inclusivo, estimulando o protagonismo feminino e não-binário na tecnologia.
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